Secretaria prevê que, até segunda-feira, todas as plantas tombadas em temporal serão removidas
Depois do forte temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na quinta-feira da semana passada, a situação no Parcão só deve se normalizar a partir de segunda-feira. Até hoje, equipes da prefeitura estarão retirando galhos e árvores que caíram com o vendaval e a chuvarada sobre os passeios e gramados.
Cerca de 10 árvores tombaram, de acordo com funcionários do parque, entre elas, algumas de grande porte. A maior parte dos estragos ocorreu perto do lago e no setor junto à esquina da Avenida Goethe com a Mostardeiro.
– O que caiu tem de ser fatiado para colocar nos caminhões. Tem muitas ocorrências na cidade. Por isso, o Parcão ainda não está normalizado. Teve retirada de galhos e árvores desde a segunda-feira passada – relata a administradora do parque, Sandra Zeferino.
A maioria dos passeios interrompidos por galhos e troncos foi reaberta nos últimos dias. Entre essas pilhas acumuladas nos passeios, podia-se ver árvores inteiras cortadas com serras elétricas. Frequentadores faziam exercícios normalmente nas pistas de caminhada.
Secretaria já atendeu a 467 ocorrências
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) trabalha com prioridades para sanar os problemas causados pelo temporal em Porto Alegre. Primeiro, são retiradas árvores caídas ou que ameaçam desabar sobre casas ou ruas, informou a assessoria de imprensa do órgão. Depois poderão ser focados os parques e praças da Capital.
Desde quinta-feira passada, a Smam registrou 467 ocorrências envolvendo vegetais. Esse número inclui desabamento de árvores e galhos. Além do Parcão, a Redenção e o Marinha do Brasil registraram queda de dezenas de árvores. Entre funcionários da Smam, terceirizados e parceiros da CEEE, 23 equipes estão mobilizadas na Capital, totalizando 185 pessoas.
Entre as prioridades estão árvores escoradas na fiação elétrica, em casas, inclinadas, entre outras. Por último, será realizada a remoção de galhos cortados. Isso deve ser feito dentro de dois meses.
Como proceder em caso de risco
- O supervisor de praças, parques e arborização da Smam, Luiz Alberto Carvalho Jr., esclarece as situações em que a secretaria realiza o corte:
- Se o cidadão julga que sua vida está em risco por conta de uma árvore, em local privado ou público, deve procurar a Defesa Civil, por meio do 156.
- Depois da primeira abordagem no local, se a Defesa Civil perceber que há risco iminente de queda, aciona a Smam e notifica a família para que deixe o imóvel por segurança.
- A Smam fará, então, uma vistoria. O técnico emitirá um parecer. Se confirmado o risco, a árvore será cortada, possivelmente na mesma semana, por uma equipe da secretaria.
- Quando não houver risco de queda e apenas conflito entre o vegetal e o imóvel, por exemplo, a responsabilidade pelo corte é do proprietário do imóvel, com necessidade de compensação (pagamento de mudas de árvores que serão plantadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente em outro local).
(Zero Hora, 27/11/2009)