EUA apresentarão meta de redução de emissões de gases-estufa em 17%. Brasil anunciou corte voluntário de pelo menos 36,1%
O governo chinês anunciou nesta quinta-feira (26/11) meta de redução voluntária entre 40% e 45% na emissão de dióxido de carbono por unidade de PIB em 2020, comparando os níveis de 2005, informou a agência de notícias estatal “Xinhua”. Entre 2006 e 2010, a China havia se comprometido a reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 20%.
O novo compromisso, assumido dez dias antes da reunião de Copenhague, supõe que o país dobrará seus esforços no combate às alterações nocivas ao clima. “Esta é uma ação voluntária tomada pelo governo chinês, e constitui uma contribuição fundamental para o esforço global no combate às alterações climáticas”, informa a Xinhua.
China e Estados Unidos são os maiores emissores de dióxido de carbono do mundo que ainda resistiam em alterar suas políticas de combate às alterações do clima. Agora, os dois países fazem promessas históricas sobre o tema.
EUA
O presidente norte-americano, Barack Obama, vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), e, segundo o jornal “The New York Times”, citando um funcionário da Casa Branca, fará um discurso aos delegados afirmando que osEUA pretendem reduzir as emissões de gases-estufa em 17% até 2020, na comparação com os níveis vigentes em 2005.
A meta constava de projeto de lei aprovado pela Câmara dos Representantes no dia 26 de junho (por 219 votos contra 212). Em debate no Senado, uma emenda alterou a meta para 20%.
Entre os dias 7 e 18 de dezembro, representantes de 193 países estarão reunidos em Copenhague (Dinamarca) para tentar chegar a um novo acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. O novo acordo, se houver, substituirá o Protocolo de Kyoto, que deixa de vigorar em 2013. Líderes de mais de 60 países já tinham confirmado presença no encontro.
Minc
Antes de China e EUA estabelecerem seus objetivos, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou de “desastre” a falta de metas dos Estados Unidos e da China para a redução nas emissões de gases do efeito estufa. “O problema é sério. Os dois maiores emissores do mundo dizem que não vão levar número para Copenhague. Isso é um desastre, não vamos minimizar isso. É um desastre, uma frustração”, disse, durante reunião do Conselho Político do governo.
O governo brasileiro anunciou uma “meta voluntária” de redução dos gases de efeito estuda entre 36,1% a 38,9% até 2020 em relação ao que poluiria se nada fosse feito para conter as emissões.
(G1, 26/11/2009)