A Energias de Portugal (EDP) lançou nesta quarta-feira (25/11) um prêmio para estimular o desenvolvimento de projetos inovadores no setor energético brasileiro, com a presença do sueco Kjell Nordström, um dos maiores especialistas mundiais no assunto.
O prêmio EDP 2020 distribuirá R$ 100 mil por ano, pela próxima década, em um investimento total de R$ 1 milhão, o maior valor da área de inovação no Brasil. A intenção é que as propostas sejam dirigidas a projetos inovadores na área de energias renováveis, redes inteligentes, eficiência energética, mobilidade elétrica, cidades sustentáveis e outros.
As principais ideias distinguidas pelo prêmio poderão ser implementadas, com a possibilidade de a EDP "vir a colaborar ativamente nos novos projetos", informou o grupo português.
A iniciativa da empresa terá a chancela da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que será responsável pela seleção e apoio dos premiados. As regras serão lançadas oficialmente no primeiro trimestre de 2010, com anúncio dos vencedores nas edições de um fórum sobre inovação que o grupo promoverá anualmente, no Brasil.
O anúncio do prêmio aconteceu nesta quarta, em São Paulo, na primeira edição do Fórum de Inovação, com a participação do sueco Kjell Nordström, autor de "Funky Business - Talento Movimenta Capitais", lançado em 2000 e já traduzido para mais de 32 idiomas. "No cenário atual, o recurso de produção mais importante de uma empresa é o talento humano, todo o restante qualquer empresa pode comprar", afirmou o especialista.
"Máquinas, programas e equipamentos deixaram de ter vantagens competitivas, uma vez que qualquer empresa tem acesso igual, o que faz a diferença são as pessoas e seus talentos", acrescentou.
Professor na Stockholm School of Economics, Nordström disse que a recessão econômica global não é uma crise do sistema capitalista. "Não é uma crise do capitalismo, eu repito. É uma crise de algumas empresas, países, como a Islândia, e de certos setores, como o bancário e financeiro", afirmou.
No Brasil, a EDP controla empresas de distribuição (Bandeirante e Escelsa), de comercialização (Enertrade) e de produção de energia (Energest, Enerpeixe e EDP Lajeado).
(Lusa / UOL , 25/11/2009)