Um estudo divulgado nesta terça (24/11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que Salvador foi a cidade que mais evoluiu em saneamento básico entre as capitais brasileiras nos últimos anos. Segundo o estudo, em 1996 a capital baiana tinha um deficit de acesso ao sistema de esgoto de 57%. Os dados de 2008 apontam que o percentual caiu para 7,49%, o segundo melhor do país entre as capitais, perdendo apenas para Belo Horizonte que tem 2,59%.
"Salvador é um exemplo a ser seguido, porque eles fizeram a lição de casa: conseguiram dinheiro, tiveram a mobilização social e uma boa gestão pública, além de prioridade política", afirmou o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri. A pesquisa mostrou que a taxa de acesso à rede geral de esgoto nos municípios da Grande Salvador passou de 18,84% para 68,42%. "Gosto de enfatizar Salvador porque é uma capital pobre, sem tantos recursos e que está fazendo seu melhor para fornecer saneamento básico para todos", explicou ele.
Segundo Neri, a capital da Bahia foi cerca de cinco a seis vezes mais rápida do que o estipulado na meta do milênio da Organização das Nações Unidas. Em contrapartida, a capital paulista - que é a maior cidade e tem o terceiro maior orçamento do país - perdeu posições, passou do segundo lugar, com 13,91% de deficit no acesso a rede de esgoto, para terceiro, com falta de atendimento a 10% da população.
(Por Ivy Farias, com edição de Rivadavia Severo, Agência Brasil, 24/11/2009)