Representantes de Aceguá, Bagé, Candiota, Caçapava do Sul e Dom Pedrito estiveram presentes no encontro. Na oportunidade foram apresentadas as políticas do governo federal para a questão dos resíduos sólidos e os fundamentos para a elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS), que visa mudar o contexto especificado por Luis Henrique Nascimento, consultor ambiental da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, “O lixo, que é um dos grandes vilões do meio ambiente, sempre foi um problema colocado em segundo plano no Brasil”, comentou. Na ocasião foi discutida a possibilidade da criação de um consórcio público de saneamento para destinação adequada dos resíduos sólidos produzidos pelos municípios da região da Campanha.
Recursos para isso existem, garantiu Nascimento. Mas a liberação dos recursos depende de algumas etapas. A primeira delas é organizar e fazer um diagnóstico técnico sobre o tema em cada município interessado. De acordo com o consultor, Bagé já possui a estrutura do aterro sanitário e, pelo que foi discutido, necessitaria apenas da ampliação do local. “Municípios menores, como Hulha Negra e Aceguá, ao invés de montar uma estrutura própria para receptar os resíduos sólidos, poderão destinar o lixo para o aterro sanitário de Bagé”, sugeriu.
Com a concreta implantação do plano, a região sofrerá muito menor impacto ambiental, garantiu o técnico. Projetos do governo federal pretendem estimular a reciclagem e a coleta seletiva. O prefeito Luís Eduardo Colombo foi eleito, no início de novembro, presidente do Consórcio Público de Gerenciamento Regional de Resíduos Sólidos Urbanos da Região da Campanha, organismo que encerra a centralização do lixo regional na área do município. A eleição se deu com a presença dos prefeitos de Caçapava do Sul, Zauri Tiaraju Ferreira de Castro; de Pinheiro Machado, Luiz Fernando Leivas; do vice-prefeito de Dom Pedrito, Gilberto Raguzzoni; e de representantes dos municípios de Aceguá e Hulha Negra.
Colombo comemorou o acordo firmado com os outros oito municípios. “Por meio desse consórcio vamos viabilizar recursos junto ao Ministério do Meio Ambiente”, disse ao informar que já está aprovado projeto pelo qual os técnicos do ministério farão um diagnóstico dos resíduos sólidos das cidades consorciadas. O prefeito destacou, ainda, que a idéia é ampliar o campo de atuação do consórcio, e incluir projetos nas áreas do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. “Possivelmente, a partir de março, os municípios integrantes do consórcio já poderão usar o aterro sanitário de Bagé, mediante uma taxa para manutenção, conservação e ampliação do local”, acrescentou.
De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Alexandre Melo, o transporte dos resíduos dos outros municípios para Bagé duplicaria a quantidade recolhida atualmente para o aterro sanitário, que é de 60 toneladas diárias.
(Jornal Minuano, 24/11/2009)