Profissionais de salões de beleza e clínicas de estética da Capital protestaram nesta terça-feira contra a proibição do bronzeamento artificial. Após caminhada, foram até a sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Mauá. Desde o dia 11, uma resolução do órgão proíbe o uso de equipamentos emissores de radiação ultravioleta para esse fim. Segundo o representante do Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza/RS, Carlos Guinsburg, não houve negociação. "A determinação foi anunciada sem prazos ou contestação."
Em Porto Alegre, existem mais de 800 estabelecimentos com máquinas de bronzeamento artificial, que começaram desde a semana passada a terem os equipamentos lacrados pela Secretaria Municipal da Saúde. Segundo Guinsburg, 1,3 mil profissionais estão sendo prejudicados. Lembrou que a International Agency for Research on Cancer, vinculada à Organização Mundial da Saúde, reavaliou os equipamentos. Para ele, chama a atenção o fato de o Brasil ter sido o único país a determinar a suspensão. "Entramos na Justiça, até porque não estão comprovados os riscos à saúde." Para Patrícia Lucero, que lidera o movimento, sem essa fonte de renda, os estabelecimentos podem fechar. "Como o valor de cada máquina varia de R$ 8 mil a R$ 50 mil, a maioria fez financiamentos para comprá-las. Agora eles devem guardá-las."
(Correio do Povo, 24/11/2009)