Há risco de chuva forte nesta terça-feira, prevê a meteorologia. Defesa Civil está mantendo monitoramento constante
Os moradores de áreas ribeirinhas ainda não conseguiram se livrar das consequências dos últimos temporais e correm o risco de ver a situação agravada nesta semana. As previsões da meteorologia, que indicam a possibilidade de chuva forte nesta terça-feira, deixam em alerta as famílias que residem na Prainha do Paquetá, no bairro Mato Grande, em Canoas. Com parte da estrada coberta pelas águas do Rio dos Sinos, muitos utilizam barcos em seus deslocamentos. Nos pontos mais rasos, o uso da bicicleta ainda é possível. "Com a via alagada, não temos acesso ao transporte de ônibus e tudo fica mais complicado", contou o pescador Paulo Silva de Oliveira, 50 anos.
Também residente da Prainha de Paquetá, a recicladora Sandra Corrêa Lacerda, 38, disse que desde agosto as enchentes têm sido frequentes. "A água nem consegue baixar e já vem outro temporal", lamentou. Na Ilha Grande dos Marinheiros, no bairro Arquipélago, na Capital, os moradores também estão em alerta, já que o Guaíba está 1,60 metro acima do nível normal. Em alguns pontos, a água avança no terreno das moradias. "Já está no pátio e, se não parar de chover, vai invadir minha casa", calculou Gessi Prestes da Silveira, 62 anos.
O coordenador da Defesa Civil da Capital, Leo Antônio Bulling, disse que o monitoramento do Guaíba é constante. "Nesta época do ano, o normal seria uma elevação de até 90 cm. Se o nível atingir 1,90 metro, há risco de alagamentos", advertiu. Paralelamente ao monitoramento das águas, as concessionárias contabilizaram, ontem à tarde, 9,9 mil clientes sem energia elétrica no RS. Na área da CEEE, havia 2,1 mil pontos aguardando reparos (300 em Alvorada e Viamão e 1,8 mil no Litoral Norte). A AES Sul contabilizava 7,8 mil pontos a serem reparados.
(Correio do Povo, 24/11/2009)