Em Rosário do Sul, choveu tanto que vários bairros ficaram completamente alagados. Em alguns lugares, a água quase chegou ao teto das casas, causando imensos prejuízos
Ventos de mais de 100 quilômetros por hora com fortes chuvas voltaram a castigar várias regiões do Rio Grande do Sul ontem, agravando o saldo de destruição: moradias danificadas, árvores arrancadas, postes de energia derrubados e alagamentos. Seis mil pessoas estão desalojadas no Estado e outras mil desabrigadas.
A governadora Yeda Crusius liberou R$ 2 milhões para reconstruir 19 escolas atingidas e ampliou a força-tarefa criada em 2007. Em São Borja, na Fronteira-Oeste, os ventos chegaram a 104 km/h na madrugada de domingo. Em Santa Rosa, região Noroeste, 150 residências foram alagadas, enquanto em Rosário do Sul 421 famílias ficaram desabrigadas.
Santo Ângelo, nas Missões, teve 130 milímetros de chuvas. Na área central da cidade, a força das águas derrubou muros de dez residências. Em Alegre, na Fronteira-Oeste, o rio Ibirapuitã estava 7,8 metros acima da média e subiu mais 60 centímetros, na madrugada de ontem. Mais de 40 mil consumidores estavam ontem sem energia elétrica.
Em Uruguaiana, a precipitação foi de 123,6 milímetros e o rio Uruguai ficou 8,71 metros acima do nível. Em Porto Alegre, a chuva de apenas 12 horas no fim de semana ficou perto da metade da média histórica de novembro conforme a MetSul Meteorologia e do Sistema Metroclima. Entre as 22h de sábado e o começo da manhã de ontem, choveu na Capital cerca de 50 milímetros. Até agora, 28 municípios decretaram situação de emergência. A Defesa Civil calcula que o número deverá chegar a mais de 40 hoje porque muitas prefeituras adiaram o envio do pedido.
(Correio do Povo, 23/11/2009)