Os últimos temporais e a previsão de chuvas nos próximos dias aumenta o alerta nas comunidades ribeirinhas da região Metropolitana e nas ilhas de Porto Alegre. Em Canoas, as 59 famílias da praia de Paquetá estão ilhadas. O acesso é possível apenas de carroça e barco. Na localidade, onde há o encontro dos rios dos Sinos e Caí, o nível ultrapassa 2,3 metros, tomando conta dos pátios e das casas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Mauro Guedes, a situação é ainda mais complicada porque as famílias não querem deixar as casas. "Existe grande dificuldade de acesso e até a remoção de uma pessoa que estava doente foi muito complicada. A tendência é piorar nos próximos dias", avaliou.
Para o pescador Valdemir Oliveira, que reside há 30 anos na Paquetá, a preocupação é que os temporais estão cada vez mais constantes. "Não dá tempo nem de se recuperar da última chuva e volta a chover."
Além da região ribeirinha de Canoas, existem danos provocados pela chuva nos bairros Rio Branco, Niterói e Nossa Senhora das Graças. O coordenador da Defesa Civil lembrou que foi registrada a queda de mais de 100 árvores, 70 casas ficaram destelhadas e 50 pessoas precisaram deixar as residências. "O monitoramento é constante nas áreas mais críticas principalmente porque existe a possibilidade de mais chuva nos próximos dias", afirmou Guedes.
Além da falta de energia, moradores da região Metropolitana enfrentam problemas no abastecimento de água. Pela manhã, Sapucaia do Sul e Esteio ainda estavam sem água. Segundo a Corsan, serão adotadas alternativas para restabelecer o fornecimento.
(Correio do Povo, 21/11/2009)