Aprovado no dia 03 de novembro, o projeto de lei 13/2007, que dispõe acerca da veiculação de informes oficiais de alerta à população sobre riscos causados por fenômenos meteorológicos, tem até o dia 02 de dezembro para ser sancionado pela governadora Yeda Crusius. De autoria do deputado Giovani Cherini (PDT), a iniciativa visa monitorar tanto as autoridades quanto a população no caso de ocorrência de um fenômeno grave em solo gaúcho, como aconteceu com o Catarina, anos atrás, e ontem (20), quando morreram seis pessoas no Rio Grande do Sul devido as tempestades. Os episódios não foram antecedidos de advertências que garantissem a devida orientação para a população. Segundo o autor da matéria, “com informações precisas, as autoridades locais poderão adotar procedimentos preventivos para diminuir os estragos, proteger a população, salvar vidas e reduzir os danos pessoais e materiais”, complementa.
Com a lei em vigor, serão veiculados, pelos meios de comunicação, informes oficiais, em caráter de utilidade pública, para alertar a população sobre os riscos causados pela possível ocorrência de fenômenos meteorológicos de grande impacto, mediante aviso da Defesa Civil. O informe conterá, ainda, sugestões de medidas preventivas adequadas a serem adotadas em eventual situação de emergência. A divulgação das informações de utilidade pública será efetuada, preferencialmente, pela Fundação Cultural Piratini, através da Televisão Educativa - TVE - Canal 7, e da Rádio FM Cultura - 107.7 MHZ.
Os fenômenos naturais, segundo cientistas mundiais, estão mais freqüentes e intensos, em parte, devido ao chamado efeito estufa, responsável pelo aquecimento de 1º C da temperatura média da Terra nos últimos cem anos. Alguns especialistas defendem que a intensidade dos fenômenos, especialmente os furacões, fazem parte de um ciclo natural do planeta. Recente pesquisa norte-americana, publicada na revista Science, afirma que os furacões mais intensos devem se tornar mais freqüentes. Além disso, um levantamento feito por pesquisadores em todas as bacias oceânicas nos últimos 35 (trinta e cinco) anos constatou que os furacões classificados como quatro e cinco (os mais fortes) praticamente dobraram nesse período.
O assunto diz respeito também ao Atlântico Sul, tanto que a comunidade científica não descarta a possibilidade de uma nova ocorrência como o “Catarina” na costa meridional do Brasil. O “Catarina” se originou de um ciclone extratropical, um sistema verificado inúmeras vezes ao longo de um ano no litoral do Sul do Brasil. Esses ciclones mais fortes produzem tempestades e podem favorecer o surgimento de tornados.
(Por Luiz Junior, Ascom AL-RS, 20/11/2009)