Hoje, dia 19 de novembro de 2009, mais uma vez a frota baleeira deixa a costa japonesa em sua saga anual de caça das baleias com o constrangedor pretexto de “objetivos científicos”. De velho nessa história o subsídio do governo japonês à caça que chega a quase 9 milhões de dólares neste ano.
Enquanto isso no Japão, nossos ativistas estenderam um banner em frente ao navio fabrica, Nisshin Maru, cobrando do primeiro ministro Yukio Hatoyama e do presidente americano em viagem ao país, Barack Obama que trabalhem conjuntamente para acabar com a caça.
Durante suas campanhas eleitorais os dois políticos deram sinais de que não apoiariam a continuação da captura de baleias. O governo Obama é publicamente contra a caça “cientifica” dos cetáceos, enquanto o primeiro ministro Hatoyama prometeu varrer do país a corrupção e o mau uso com o dinheiro do contribuinte, os quais a caça às baleias representa fiel exemplo.
Embora pela segunda vez neste ano o preço da carne da baleia tenha caído substancialmente, “o dinheiro dos contribuintes japoneses continua sendo desperdiçado com a sobrevivência deste programa que não produz virtualmente valor algum”, afirma Jun Hoshikawa, diretor executivo do Greenpeace Japão .
Acabar com os subsídios do programa representaria também uma chance a mais para os dois ativistas do Greenpeace Junichi Sato e Toru Suzuki, que foram presos em 2008 e levados a julgamento por interceptarem uma caixa de carne de baleia e terem exposto o caso para a mídia nacional e internacional. Enquanto internacionalmente o ocorrido virou um escândalo, a investigação oficial do caso suspeitamente não levou a nenhuma revelação sobre o os culpados do esquema criminoso.
Nos últimos 22 anos a frota baleeira japonesa já matou mais de 9000 baleias minkes sem, no entanto apresentar resultado cientifico algum, fazendo com que o programa de caça cientifica represente para o Japão um “constrangimento internacional”.
(Greenpeace, 19/11/2009)