Cerca de 1 milhão de pessoas sofreu com a falta de luz e de água provocada pelo mau tempo na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em Canoas, o fornecimento de água foi interrompido em toda a cidade, segundo a Corsan. A AES Sul informou que 13,6 mil clientes da concessionária ficaram sem energia. Em três horas de temporal, o volume de chuvas chegou a 60 milímetros, o equivalente a 15 dias de precipitação.
Os bairros Rio Branco, São José, São Luís e Guajuviras foram os mais atingidos por alagamentos. O coordenador da Defesa Civil do município, Mauro Guedes, estima que o vento atingiu 130 km/h. O temporal derrubou cerca de 70 árvores e 50 postes. Mais de 50 casas e 10 escolas municipais de Ensino Fundamental ficaram destelhadas. Além disso, dois colégios foram atingidos por árvores.
No Vale do Sinos, nuvens pretas passaram por São Leopoldo e Novo Hamburgo por volta das 13h. Até às 17h, o Corpo de Bombeiros de Novo Hamburgo já havia registrado 69 ocorrências nas cerca de 300 ligações. Árvores de grande porte caíram sobre casas e carros, sem registro de feridos.
A intensidade do vento foi ainda maior em São Leopoldo. O Corpo de Bombeiros de São Leopoldo registrou 150 chamadas, entre elas 30 árvores caídas sobre residências, 26 em via pública e cinco sobre a rede elétrica. Casas ficaram destelhadas. No caso mais preocupante, os bombeiros acompanharam a retirada de pessoas de um carro que foi atingido por uma árvore quando se deslocava pela Avenida Feitoria. Ninguém se machucou.
(Zero Hora, 20/11/2009)