A região de Três Lagoas (MS), onde está instalada a mais nova fábrica da Fibria, tem capacidade para suportar até três fábricas de celulose, incluindo o projeto de expansão da própria companhia. A afirmação é de Carlos Aguiar, presidente da companhia, que, entretanto, afirmou que as florestas plantadas da região não são "ilimitadas".
"Não acredito que teremos tantos investimentos assim na região, mas se houver, já teremos grandes vantagens, visto que já temos toda a infraestrutura para um novo projeto", afirma o executivo. A Fibria projeta para a próxima década uma nova linha de produção, com capacidade de até 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.
A unidade sul-matogrossense da Fibria, resultado da fusão entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, opera desde o início deste ano. A International Paper (IP) possui uma unidade integrada à da Fibria, onde utiliza parte da celulose da parceria para produzir 200 mil toneladas de papel por ano.
O governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que quatro grandes empresas deverão se instalar no estado, sendo duas no segmento de papel e celulose; uma delas em Três Lagoas.
Entretanto, especulações dão conta de que poderiam ser duas novas fábricas: a da Florestal Serviços Florestais, que no final da última semana pediu licença prévia para a construção de uma unidade no município; e da Portucel. Entretanto, a companhia portuguesa está estudando alternativas não apenas em outros locais do Brasil, mas também no Uruguai para sediar a sua unidade na América do Sul.
(Por Carolina Marcondes, Brasil Econômico, 17/11/2009)