(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
pobreza e fome no mundo segurança alimentar
2009-11-17

Representantes de 60 países buscam traçar estratégias para reduzir pela metade o número famintos no mundo até 2015. Na cúpula, implantação de uma agricultura sustentável aparece como uma das principais metas.

Sem a presença de chefes de Estado e de governo das maiores nações industrializadas, começou nesta segunda-feira (16/11) em Roma a Cúpula Mundial da Alimentação. Já no primeiro dia, representantes de 60 países aprovaram com aplausos a declaração final que pretende aumentar os investimentos no desenvolvimento agrário de países pobres.

Em 2009, o número de pessoas famintas chegou a 1 bilhão. O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, afirmou que o fornecimento de alimentos é condição básica para uma vida digna. Ele ainda advertiu que a comunidade internacional deve aumentar sua produção de alimentos em 70% até 2020 para suprir as necessidades da população em crescimento.

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), Jacques Diouf, havia apelado aos participantes da cúpula para que levassem "propostas concretas" a Roma. Segundo ele, seriam necessários 44 bilhões de dólares ao ano em investimentos em agricultura em vez dos atuais 8 bilhões de dólares.

No entanto, o documento final do primeiro dia da cúpula não diz nada sobre os 44 bilhões de dólares sugeridos pela FAO. Em vez disso, determina políticas e estratégias para desenvolver o funcionamento dos mercados domésticos, regionais e internacionais e garante principalmente que os pequenos produtores tenham acesso justo ao mercado.

"Temos que ajudar as pessoas para que elas consigam produzir seus próprios alimentos", afirmou o vice-diretor-geral da FAO, Alexander Müller, em entrevista à imprensa alemã.

Segundo ele, a comunidade internacional está muito longe da meta de reduzir a fome pela metade até 2015. "Não estamos nem um pouco no caminho certo", constatou. O crescimento previsto até 2050, de mais 2,5 bilhões de habitantes, vai ser prejudicial, sobretudo, aos países em desenvolvimento, de acordo com Müller.

A Alemanha e o Brasil no combate à fome

A ministra da Agricultura da Alemanha, Ilse Aigner, considerou a cúpula "um grande sucesso", pois esta teria sido, em sua opinião, a primeira vez que todos os participantes confirmaram o direito à alimentação.

Já o ministro alemão de Cooperação Econômica, Dirk Niebel, criticou a cúpula por não apresentar medidas concretas quanto ao acesso à agricultura. "Eu gostaria que tivéssemos avançado mais na remoção de barreiras de acesso aos mercados dos países em desenvolvimento e no fim dos subsídios para exportação de produtos dos países industrializados", lamentou Niebel à agência de notícias EPD.

Em entrevista ao jornal Berliner Zeitung, a secretária adjunta do ministério de Cooperação Econômica, Gudrun Kopp, disse que a segurança alimentar e o fomento das áreas rurais têm "a mais alta prioridade" para o novo governo alemão.

Além disso, Kopp também garantiu que o país pretende continuar aumentando a ajuda à agricultura de países em desenvolvimento. Dos 20 bilhões de dólares prometidos em junho pelos países do G8, a Alemanha contribuirá com 3 bilhões de dólares nos próximos três anos.

Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um prêmio da organização de ajuda humanitária ActionAid pelo combate à fome no Brasil. Segundo dados da ActionAid, o país reduziu em 73% a desnutrição infantil, enquanto a mortalidade infantil baixou 45%  nos últimos sete anos.

África
Para o autor do livro The Problem with África – Why Foreign Aid Isn´t Working (O problema com a África – por que a ajuda internacional não está funcionando), Robert Calderisi, a agricultura é a chave para o desenvolvimento do continente, mas este ponto não é um foco. "A agricultura é uma riqueza na África, porém ela é abandonada ou explorada pelos governos e o incentivo não foi muito bom", explica Calderisi.

Também na Ásia, onde vários países apostaram no crescimento econômico através da indústria, a agricultura foi deixada de lado, o que levou à miséria especialmente no campo.

"Qual será o futuro da agricultura na África? Deve-se seguir o mesmo caminho dos Estados Unidos e da Europa? Ou deve-se promover um desenvolvimento sustentável na agricultura pulando uma geração?", questionou o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner.

Para ele, não importa ser um país industrializado ou em desenvolvimento, mas sim trabalhar a favor de uma agricultura sustentável, pois somente assim "será possível lutar contra a fome".  

(Deutsche Welle / UOL, 16/11/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -