O Greenpeace colocará um “orelhão itinerante” nas ruas de São Paulo e Salvador e incentivar a população a ligar para o gabinete da presidência e embaixada dos Estados Unidos no Brasil para pedir ao Lula e ao Obama para irem a Copenhague. A capital dinamarquesa sediará, entre os dias 7 a 18 de dezembro, a reunião da ONU onde será definido o acordo que limitará as emissões de gases de efeito estufa de todos os países, depois de 2012, quando expira o protocolo de Quioto. (Confira abaixo os locais e os horários). Em São Paulo e Salvador o orelhão funcionará de hoje (16/11) a quinta-feira (19/11). Confira a programação.
Nas próximas semanas será a vez de Recife, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro. A população dessas cidades também será incentivada a pedir ao presidente Lula que se comprometa com o desmatamento zero, a proteção dos oceanos e o incentivo às energias renováveis.
Na semana passada, o governo anunciou que levará para Copenhague desvio entre 36% e 39% na curva de crescimento projetada para 2020 de emissão de gases do efeito estufa. “Para mostrar que o compromisso é realmente sério, o presidente deveria levar essas metas para Copenhague pessoalmente e convidar seus pares, principalmente dos Estados Unidos e China, a fazer o mesmo”, diz Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de mobilização da campanha de Clima do Greenpeace.
Além do Desmatamento Zero até 2015, o Greenpeace defende que, até 2020, pelo menos 25% da eletricidade do país seja gerada a partir de fontes renováveis de energia como vento, sol, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O investimento nesta área criaria 300 mil novos empregos diretos no país nesse período, e 600 mil até 2030.
Além disso, propõe que o governo brasileiro transforme pelo menos 30% do território costeiro-marinho do Brasil em áreas protegidas até 2020. Os oceanos são importantes reguladores climáticos, pois absorvem o CO2 – principal gás do efeito estufa – da atmosfera. Mantê-los saudáveis é essencial para garantir a continuidade desse serviço ambiental.
(Greenpeace Brasil, 16/11/2009)