(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
rotulagem de transgênicos transgênicos indústria alimentícia
2009-11-16

Os consumidores brasileiros podem perder o direito de saber se o alimento que está consumindo contém ou não ingredientes transgênicos. Isso porque já está na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL 4.148/2008) que restringe as informações sobre transgênicos nos rótulos de produtos que contenham tais componentes.

Para proteger o direito de consumidores e produtores de alimentos livres de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), organizações entregarão, na próxima quarta-feira (18/11), uma "Moção pelo Direito de Saber" aos deputados. De acordo com as organizações firmantes, o PL 4.148/2008 - de autoria do deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS) - "pretende negar o direito do consumidor à informação sobre a presença de transgênico".

Segundo a moção, o Projeto de Lei, além de não ter sido discutido com a sociedade, fere a própria vontade dos consumidores que desejam saber se o produto consumido contém ou não ingrediente transgênico. Para Andrea Salazar, consultora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a ideia da moção é alertar os deputados sobre a rejeição da população ao PL. "Muitas pesquisas de opinião mostram que os consumidores querem saber se tem transgênico ou não", afirma.

O PL de Heinze não obriga a informação sobre a espécie doadora do gene em embalagens de produtos com OGMs. Além disso, não obriga a rotulagem de alimentos destinados a animais, assim como de produtos feitos a partir de animais nutridos com rações contendo OGMs. Andrea ainda destaca a mudança de critério para saber se há ingredientes transgênicos ou não no produto. "O mais grave do PL é que ele muda o critério de detecção de produtos transgênicos", afirma.

A consultora explica que, hoje, o princípio utilizado para a rotulagem é o da "rastreabilidade", ou seja, consiste no rastreamento da origem dos componentes do produto final. No entanto, o Projeto pretende mudar esse critério, adotando o da "detectabilidade", o qual obrigaria a indicação de transgênicos apenas para aqueles alimentos que, no produto final, apresentassem OGMs.

O problema, de acordo com Andrea, é que muitos transgênicos não são detectados após o processamento final, como acontece nos casos de óleos e margarinas. O receio da consultora é que, sabendo disso e com o PL, as indústrias alimentícias desviem os grãos para esses produtos, que não seriam rotulados. "Não querem que os consumidores saibam quando o alimento é transgênico", comenta.

Atualmente, a população brasileira ainda tem direito de informação assegurado pelo Decreto Federal n° 4.680/03. A medida estabelece que o produto com 1% ou mais ingredientes transgênicos na composição deve ter uma indicação no rótulo. Assim, os alimentos com OGMs devem trazer, no painel principal, expressões que informem ao consumidor a origem e a composição transgênica. Além disso, deve conter um símbolo padronizado que indique o conteúdo transgênico, representado pela letra "T" preta dentro de um triângulo amarelo.

Tal símbolo também é alvo de críticas pelo Projeto de Lei em questão. Isso porque, segundo o Projeto, o símbolo pode prejudicar até mesmo a comercialização internacional do produto com ingrediente transgênico, "uma vez que o Brasil é o único país do mundo a adotar um símbolo de alerta em produtos aprovados para o consumo humano".

Além disso, o PL considera que o símbolo gera uma ideia de "nocividade" ao alimento, prejudicando, assim, a venda. "Esta correspondência entre o símbolo (triângulo amarelo e preto) e suposto ‘risco’ de consumo afeta a imagem de qualidade dos produtos, bem como, a exigência da cor a amarela gera altos custos com embalagens, haja vista que, muitas vezes, esta cor não compõe a rotulagem usual dos produtos.", considera.

(Por Karol Assunção, Adital, 13/11/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -