A proibição despertou indignação entre usuárias do bronzeamento artificial. A microempresária da Capital Gisele Silva, 35 anos, que doura a pele em máquinas há 12 anos e faz duas sessões semanais, dá o tom da crítica:
– É uma palhaçada. Estou revoltada. Revoltadíssima. Estão nos tratando como crianças. Só não continuo fazendo porque a estética suspendeu o serviço. Agora vou torrar no sol e processar a Anvisa se me acontecer algo.
Gisele defende que o bronzeamento artificial prepara a pele para suportar o sol. É a mesma posição da advogada de Porto Alegre Lisandra Schanz, 33 anos, que faz uma sessão semanal. Ela conta que a sua dermatologista indicou as câmaras como forma de deixar a pele em condições para suas viagens a locais ensolarados – dois anos atrás, pegou 53°C no Marrocos.
– Mas a gente sabe que faz mal, tanto a câmara quanto o sol. Se estão preocupados com o câncer, têm de proibir é o cigarro. A proibição é um absurdo. O governo não tem o direito de tomar uma decisão dessas. É o meu corpo.
A advogada não sabe como resolverá a questão. Ela reclama que sua pele fica vermelha, irritada e queimada quando exposta ao sol, o que não acontece quando usa a câmara.
(Zero Hora, 13/11/2009)