O apagão de terça-feira (10/11) em Três Lagoas (MS) durou aproximadamente 100 minutos, tempo suficiente para causar vários transtornos e problemas à cidade. Além de acidentes, aulas canceladas, interrupção do funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, a falta de energia causou um impacto muito maior, a mortalidade de peixes no rio Paraná no Jupiá.
Por volta das 21h10, o blecaute foi generalizado na cidade, incluindo a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá). O presidente do bairro Jupiá, Gilmar do Leite (Gil do Jupiá), traçou o cenário: “Quando nós chegamos a cena era desoladora, um mar de peixes mortos. Já sabíamos que era por conta da falta de energia, já que as turbinas pararam de funcionar e o nível do rio baixou. Nas épocas de apagão era assim”, lamentou.
Em toda a extensão era possível ver peixes de diversas espécies boiando. A maioria concentrada às margens do rio. “Tenho certeza de que mais de uma tonelada de peixes morreram ontem. À noite o rio virou um mar branco. Nós vimos quando o rio começou a baixar, foram mais de dez metros depois da margem. A concentração de vários peixem em um espaço pequeno já denota a alta mortalidade”.
Onde as águas estavam paradas os peixes podiam ser vistos com facilidade. Gil comentou que agora a principal questão é quem realmente será responsabilizado pelo impacto.
(Portal Jornal do Povo / ANDA, 12/11/2009)