Nesta quinta-feira (12/11) será discutida a navegabilidade na hidrovia Teles Pires-Tapajós, em fórum que será realizado pelo Movimento Pró-Logística em Brasília. De acordo com o veículo, o evento ocorrerá durante todo o dia e contará com a presença de representantes da Confederação Nacional dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Agência Nacional de Águas (ANA), dentre outros especialistas no assunto. A implantação de hidrovias no Mato Grosso poderá trazer benefícios ao escoamento da produção de grãos, que atualmente ocorre quase exclusivamente por rodovias.
O gerente da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso(Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira, disse à Gazeta que o pouco aproveitamento das hidrovias não se justifica diante do potencial dos rios do Estado. Ferreira informou também que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já deu início a um levantamento de dados sobre todo o percurso da Teles-Pires-Tapajós.
A hidrovia, que será tema do fórum, terá capacidade para escoar entre 10 milhões de 15 milhões de toneladas de grãos, até o Pará, assim que for implantada. Do Pará, a carga segue aos países importadores.
Outra hidrovia que vai beneficiar o Estado é a Paraná-Paraguai. Para sua utilização, preciso ativar portos, dentre os quais o Porto Santo Antônio das Lendas, a 180 km de Cáceres (pelo rio). Segundo Ferreira, o Dnit já iniciou processo de federalização do Porto de Cáceres, e a expectativa é de que, até o fim de 2011, ele esteja funcionando. A capacidade de escoamento dessa hidrovia é de 2 milhões de toneladas por ano. A estimativa é de que os investimentos em sua construção somem R$ 10 milhões.
A agilidade do início do funcionamento das hidrovias no país foi cobrada durante o 1º Fórum sobre Hidrovia, realizada na última quarta-feira (04) na Câmara dos Deputados, em Brasília.
(Amazonia.org.br, com informações da Gazeta do Mato Grosso, 10/11/2009)