O deputado Paulo Azeredo (PDT) questionou da tribuna da Assembleia Legislativa, nesta semana, a destinação de R$ 2 milhões pela secretaria de Irrigação para um estudo técnico de viabilidade para a construção de barragens que atingiriam Taquara, Riozinho, Rolante, Caraá, Santo Antônio da Patrulha e várias comunidades ao longo de arroios e do rio dos Sinos. O estudo técnico envolve as empresas Profil e Magna Engenharia.
O assunto foi tema de discussão nas Comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Assuntos Municipais. O parlamentar estranhou o valor pago e a contratação das duas empresas pela secretaria de Irrigação e Usos Múltiplos da Água, conforme relatou o secretário adjunto, Mário Soares.
Ao revelar o custo do estudo técnico, R$ 2 milhões, o deputado referiu-se a recente estudo binacional Brasil-Argentina para viabilidade da instalação de uma ponte ligando os dois países, com projeções para três localidades diferentes, cujo custo foi de R$ 1 milhão. “O Comitê da Bacia do Rio dos Sinos, que há mais de 20 anos gerencia todas as questões que envolvem a bacia hidrográfica do Rio, não teve participação nesse período de estudos, e somente em março deste ano obteve acesso a parte dos estudos, que não foram concluídos”, revelou o deputado.
Medo da comunidade
Na reunião conjunta das duas comissões, o secretário adjunto relatou que foi até Rolante em um carro do Estado e lá tomou outro veículo, com medo de ser agredido pela comunidade local. Azeredo questionou o procedimento, “o que há de errado quando um estudo técnico em realização faz com que agentes de governo troquem de veículos para se deslocar?”.
O deputado disse que a comunidade está preocupada porque não participou de uma discussão mais ampla sobre o tema.
A reunião foi acompanhada pelo representante do Comitê da Bacia do Rio dos Sinos, Sílvio Klein, o secretário adjunto extraordinário de Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Mário Soares, vereadores, prefeitos, ex-prefeitos e outras autoridades.
(Ascom AL-RS, 11/11/2009)