A trinta dias da Conferência da ONU sobre o Clima, a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio anuncia que nova siderúrgica será altamente poluidora: aumentará em 76% a emissão do gás carbônico do estado para a atmosfera.
Sandra Quintela, economista do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), questiona o tipo de desenvolvimento que a população quer para a cidade. Ela explica que empreendimentos como Companhia Siderúrgica do Atlântico são extremamente poluidores. Além de consumirem muita matéria-prima e energia. Esse é o motivo pelo qual países desenvolvidos deslocam essas indústrias para o países mais pobres como o Brasil. É o caso desta empresa, que tem origem alemã.
A história da CSA é repleta de irregularidades. Após ocupar uma área de preservação ambiental em 2007, teve as obras embargadas pelo IBAMA por se localizar em área costeira. Mesmo assim, deu continuidade as instalações. Sandra também enumera outras violações ambientais e de direitos humanos provocadas pela empresa. Além do desmatamento provocado na área dos manguezais, o pescadores que atuam no local estão sendo constantemente impedidos de trabalhar e chegam a receber ameaças.
A economista acredita que há conivência das autoridades com a empresa. Por isso, apesar das denúncias, a CSA continua atuando. E recebendo isenções de impostos e outros benefícios fiscais.
Agora, na véspera da Conferência do Clima em Copenhague, foi publicizado que a empresa emitirá o correspondente a 10 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera por ano. “No Rio de Janeiro das Olimpíadas de 2016, teremos que ser campeões em conviver com CO2”, ironiza Sandra.
(Pulsar-Brasil, 06/11/2009)