Tucanos já elencam temas considerados positivos para tratarem durante a disputa eleitoral de 2010
De olho na provável candidatura presidencial do próximo ano, aliados do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), já elencam temas considerados positivos para tratar na disputa eleitoral de 2010. Serra e aliados se preparam para um possível embate com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Um exemplo é a Política Estadual de Mudanças Climáticas, que será sancionada nesta segunda (09/11), com festa na sede do governo paulista. Em encontro na semana passada no PSDB-SP, tucanos enviaram mensagens on-line cobrando uma comparação maior nessa área.
Na avaliação de aliados de Serra, é possível aproveitar o fato de o governo federal ter sinalizado que pode não apresentar um compromisso de redução das emissões dos gases-estufa na conferência do clima, em Copenhague. A ONU cobrou uma meta clara de corte. Questionado pela Folha, o líder do governo Serra na Assembleia, deputado Vaz de Lima (PSDB), provoca: "São Paulo prova que é possível ter crescimento com sustentabilidade. Nós temos coragem de apresentar uma meta de redução de 20% até 2020".
Outros temas apresentados nas pesquisas internas são a saúde e o transporte. Apesar de serem vistas como problemáticas pela maior parte da população, as duas áreas têm repercussões positivas para a imagem do governador. Segundo pesquisa qualitativa, Serra continua sendo lembrado pela criação dos remédios genéricos. Várias pessoas ouvidas afirmaram que a quantidade e variedade de remédios nos postos estaduais de saúde deve-se à ação de Serra.
O governador também é tido como uma pessoa "preocupada com a saúde das pessoas" e a recente lei de restrição ao fumo contribuiu para isso. Não por acaso, uma das propagandas mais veiculadas pelo governo na televisão trata das AMEs (ambulatórios de especialidades).
Outros pontos fortes da propaganda tucana são a expansão do Metrô, que aparece nas pesquisas como a obra mais visível pela população, seguida pelo Rodoanel e pela recuperação de vicinais.
(Por Fernando Barros de Mello, Folha de S. Paulo, 09/11/2009)