A Comissão Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (CICAA) inicia neste sábado (7/11), em Recife, uma reunião de 50 países, para determinar cortes na pesca do atum vermelho e as possíveis restrições a seu comércio, para tentar recuperar essa espécie.
Os membros da organização realizam até o dia 15 sua sessão anual, que nesta ocasião se centrará nas medidas mais adequadas para readquirir as reservas do atum vermelho do Atlântico e do Mar Mediterrâneo, que estão em um estado crítico.
Entre os principais assuntos sobre a mesa está a redução de Totais Admissíveis de Capturas (TAC) desse recurso para 2010.
A Comissão Europeia participa em nome da União Europeia (UE) e está disposta a aceitar que o TAC de atum vermelho diminua das 22 mil toneladas atuais "para 15 mil", segundo várias fontes.
Proibição da pesca
Dos resultados desta reunião depende o avanço de uma proposta de Mônaco de proibir o comércio internacional de atum vermelho, que alarmou o setor nos últimos meses.
Essa iniciativa consistiria em classificar esse peixe como espécie em perigo dentro do Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres, o que na prática implica proibir sua venda.
A ideia de proibir a venda desse peixe foi aplaudida pelos ecologistas e, naturalmente, rejeitada pelas organizações de pescadores. O CICAA também tem vários membros entre os países latino-americanos: Brasil, Honduras, México, Guatemala, Uruguai, Nicarágua e Panamá.
(Folha Online, 07/11/2009)