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mobilidade urbana rodoanel transporte público
2009-11-06

Pacote de obras a ser entregue em março, num gasto total de R$ 9,8 bi, deve melhorar circulação pela 1ª vez desde o início do rodízio. Serão entregues o trecho sul do Rodoanel, as novas pistas da marginal, a extensão da avenida Jacu-Pêssego e a ampliação do metrô

Trecho sul do Rodoanel. Novas pistas da marginal Tietê. Extensão da av. Jacu-Pêssego. Primeira fase da linha 4-amarela do metrô. Extensão da linha 2-verde do metrô até Vila Prudente. Ampliação das restrições aos caminhões. Esse é o "pacote de março" que a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado estão preparando e que deverá produzir o maior impacto positivo no trânsito da cidade desde a implantação do rodízio de veículos, em outubro de 1997.

O conjunto de intervenções (R$ 9,8 bilhões) vai tirar caminhões das ruas, aumentar a velocidade do tráfego em vias importantes e melhorar a estrutura do transporte coletivo. Todas as obras têm previsão de entrega quase simultânea, em março, quando vence o prazo para o governador José Serra (PSDB) deixar o cargo se for candidato a presidente. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, diz que as obras trarão a São Paulo "uma transformação extraordinária".

É verdade, apontam especialistas, mas: 1) o impacto será positivo, mas localizado e não imediato; 2) as intervenções são importantes, mas estão décadas atrasadas; e 3) o "prazo de validade" das obras é curto e será necessário manter o investimento pelos próximos anos.

A diferença entre o "pacote de março" e a implantação do rodízio é que o impacto ocorrerá nas regiões onde são feitas as obras. Em 1997, a melhoria foi sentida em todo o centro expandido, com a retirada imediata das ruas de 10% a 20% dos veículos nos horários de pico.

Migração
Os maiores benefícios serão para a região da marginal Pinheiros e av. dos Bandeirantes, caminho obrigatório de quem vai e volta do interior do Estado para o porto de Santos. O trecho sul do Rodoanel abrirá um novo caminho para o sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo à Baixada Santista. O secretário dos Transportes, Mauro Arce, estima que 40% a 50% dos cerca de 1 milhão de caminhões que passam mensalmente por São Paulo em direção ao porto serão desviados para o Rodoanel.

A prefeitura já anunciou que vai "estimular" essa migração proibindo caminhões na av. dos Bandeirantes e, em certos horários, também nas marginais. A extensão da av. Jacu-Pêssego vai ligar as rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna ao novo trecho do Rodoanel em Mauá. Assim, caminhões que hoje circulam pela marginal Tietê e por avenidas como Salim Farah Maluf e do Estado rumo a Santos também devem migrar para o novo caminho. Na marginal Tietê, o governo pretende aumentar em 35% a velocidade média dos carros com três novas faixas. E as novas estações de metrô devem tirar carros e ônibus das ruas.

Impactos localizados
"Haverá um choque de bem-estar", afirma Bernardo Alvim, consultor em transportes. "Essas obras vão estancar a piora do trânsito. A coisa vai continuar ruim, mas não vai piorar mais", diz Jaime Waisman, professor da USP. "Esse milagre terá efeitos positivos localizados", crê Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego.

Para os três, é preciso continuar a investir em infraestrutura. Os trechos leste e norte do Rodoanel, o ferroanel e novas linhas de metrô são as medidas mais citadas. O secretário concorda que, isoladamente, as obras não resolvem os problemas do trânsito, mas que o conjunto delas terá impacto significativo.

Obras em São Paulo têm uma década de atraso
No que dependesse de projetos e promessas, as principais obras que serão entregues no ano que vem sairiam do papel com dez anos de atraso. Uma linha de metrô com traçado semelhante ao da 4-amarela (Luz-Vila Sônia) e a obra de um anel viário em São Paulo com a função do Rodoanel, por exemplo, são propostas planejadas ou estudadas há mais de meio século. E nos anos 1990 seus projetos foram consolidados e elas foram anunciadas -no primeiro mandato do governo Mário Covas (1995-2001, PSDB).

A ideia de ampliar a marginal Tietê também foi proposta pela prefeitura na década passada, em 1999, na gestão Celso Pitta. Mas, na ocasião, ela previa a cobrança de pedágio -medida impopular que acabou freando a continuidade. A linha 4 é tida por técnicos como uma ligação ferroviária estratégica, porque ela terá integração com três outras linhas do metrô paulistano -1, 2 e 3.

O governo do Estado chegou a anunciá-la ainda em 1996. Mas, diante do impasse sobre seu financiamento, a obra só foi iniciada oito anos depois. O Rodoanel começou a ser prometido com ênfase pelos governos estadual e federal em 1997. A previsão era que, até 1999, todas as alças tivessem sido iniciadas.

Mas, depois de atrasos em licitações e pendências ambientais, a obra só começou em 2006. E os trechos leste e norte do anel viário não tiveram nem as obras licitadas até hoje. Mauro Arce, secretário dos Transportes, disse acreditar que o trecho leste deve começar em 2010 e que o trecho norte terá ao menos a licença ambiental já no ano que vem. "São obras que passam da gestão atual. Tudo depende dos investimentos dos próximos governos."

(Por Evandro Spinelli e Alencar Izidoro, Folha de S. Paulo, 03/11/2009)


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