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siderúrgicas passivos da siderurgia
2009-11-05

Associação diz não ser necessário novas usinas para atender à demanda da Copa e dos Jogos Olímpicos

Enquanto o governo federal pressiona empresários para aumentar os investimentos em siderurgia no País, o setor faz as contas e argumenta que não há espaço para o aumento da capacidade na produção de aço, apesar dos sinais claros de recuperação econômica. Cálculos do Instituto Aço Brasil (IABr, antigo IBS) indicam que o parque nacional, formado por oito grandes grupos, tem hoje capacidade de produção 117% superior à demanda de aço no mercado interno.

O setor, que chegou a reduzir a 47% o uso da capacidade instalada no período mais grave da crise mundial, entre dezembro de 2008 e janeiro deste ano, hoje opera com 78% de utilização. Mas ainda não há indicações de retorno da fase pré-crise, quando o nível de capacidade utilizada batia em 90%.

Somadas, as siderúrgicas brasileiras têm condições de produzir atualmente 42 milhões de toneladas de aço bruto por ano e, com novas usinas em fase de conclusão, o setor fecha 2010 com capacidade para 43,5 milhões de toneladas. No entanto, o País só consome menos da metade desse potencial.

Defensor de novos investimentos siderúrgicos no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumenta que a China produz 545 milhões de toneladas de aço por ano, "parte dele com o nosso minério", enquanto o Brasil mal passou dos 40 milhões de toneladas. Os números vêm sustentando a pressão governamental para que a própria mineradora Vale invista em siderurgia.

Mas a demanda interna deve fechar o ano em 19,3 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do IABr, e a previsão para 2010 é de 21,1 milhões de toneladas. No fim de outubro, o instituto enviou a representantes do governo federal os dados que demonstram o excesso de capacidade produtiva.

Os principais empresários do setor pediram audiência ao presidente Lula para expor o panorama mundial. As previsões apontam uma produção global de 1,9 bilhão de toneladas até 2011, para uma demanda de 1,3 bilhão de toneladas. "O planejamento siderúrgico, que no passado era centralizado no governo, induziu o setor a um erro histórico em 2002, à medida que a demanda esperada, de 40 milhões de toneladas, não ocorreu", diz o vice-presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes. Para ele, mesmo o crescimento da demanda, provocado pela Copa do Mundo e pela Olimpíada, pode ser suprido com a capacidade já existente.

Aliado ao esforço por novos investimentos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vê a questão por outro ângulo. Embora a crise tenha afetado seriamente a demanda mundial, o banco vê oportunidades para a expansão da siderurgia brasileira com vistas à exportação, com base nas vantagens competitivas do País, e se coloca como possível financiador de novos empreendimentos.

Desde o período anterior à crise, o banco tinha interesse em estimular projetos como o da CSA, no Rio, que tem como acionistas a alemã ThyssenKrupp e a Vale, transformando o País em uma plataforma internacional de exportação de semiacabados siderúrgicos. A CSA vai casar o minério da Vale com os altos fornos da ThyssenKrupp. Um porto privativo embarcará toda a produção de placas para o exterior. Quase metade das 5 milhões de toneladas produzidas por ano será acabada nas fábricas que o grupo alemão possui na Europa.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já admitiu ter conversado com investidores do Japão, um dos países com maiores restrições ambientais para novas usinas da chamada linha quente da siderurgia, que vai do minério até a placa. Mesmo com as metas de redução de emissões do carbono, o Brasil ainda teria espaço para assumir essa etapa da produção do aço que os países desenvolvidos precisam abandonar.

(Por Alexandre Rodrigues e Irany Tereza, O Estado de S. Paulo, 05/11/2009)


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