Há mau cheiro que paira no ar na Rua Xavier Ferreira. Ao se aproximar do edifício de número 144 e do terreno que fica ao lado, é possível notar. O rompimento da rede de esgoto do prédio, ocorrido no mês passado, foi consertado pelos moradores, que gastaram R$ 7 mil nas reformas, segundo o professor Juliano Fonseca, 29 anos. No entanto, ele está morando com os pais desde a semana passada por causa do odor, que permanece na área e no seu apartamento.
– Mandei consertar tudo por conta própria. Acho que o DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) está tomando providências, mas não falam em nos ressarcir – reclamou Fonseca.
O apartamento do professor fica no térreo. Outra moradora do pavimento também foi prejudicada pela invasão de detritos em sua residência. O diretor da Divisão de Obras e Projetos do DEP, Sérgio Zimmermann, informou que o problema ocorreu na rede particular do prédio, que se rompeu, e, por isso, cabe aos moradores arcar com o prejuízo. No entanto, apontou que havia obstrução em redes antigas na área. O problema foi resolvido, diz ele:
– Uma rede é muito antiga, é para ser pluvial, mas também é cloacal. É feita de barro, e, mesmo sem ser de responsabilidade nossa, estamos assumindo. A outra é cloacal, do Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos). Elas correm no fundo dos terrenos da Bordini e da Xavier. Um pedaço da rede de barro será ampliado para não dar mais problema.
O vazamento não envolve, portanto, o Conduto Álvaro Chaves, conforme suspeita levantada pelos moradores. O conduto, destacou Zimmermann, não tem ligação com essas redes.
Na semana passada, equipes trabalhavam no canteiro ao lado do prédio. O serviço de ampliação deve ser realizado nos próximos dias. Depois que a obra terminar, a rede deverá ser “monitorada constantemente”, de acordo com o diretor.
(Zero Hora, 05/11/2009)