Entrou em operação ontem a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (aterro sanitário) do Rio Grande, construída em uma área de 54 hectares, localizada à margem da BR-392, próxima à linha férrea no sentido Rio Grande-Pelotas. Agora todo o lixo doméstico recolhido na cidade é levado para lá. Conforme o secretário municipal de Serviços Urbanos, Paulo Rogério Mattos Gomes, são recolhidas no Município 120 toneladas de lixo doméstico por dia. Apenas os resíduos de construção civil e galhação ainda continuarão sendo depositados ao lado do Lixão Municipal, situado no bairro Carreiros.
O novo aterro sanitário foi construído entre fevereiro de 2008 e fevereiro deste ano. "É um aterro construído nos padrões internacionais, que possui drenos de captação de chorume, material que passa por tratamento primário e depois é transportado para tratamento definitivo em outro local", observou o secretário. A definição do local em que ocorrerá o tratamento definitivo depende dos parâmetros físicos e químicos que o chorume apresentar, de acordo com o supervisor da Rio Grande Ambiental, Denis Maickel da Costa.
Desde março de 2009, a Prefeitura Municipal já possui a Licença de Operação do aterro sanitário, mas a intenção era colocá-lo em funcionamento só depois de construída a usina de triagem do lixo coletado. Como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) ainda não emitiu a Licença de Instalação (LI) para que a usina possa ser construída pela empresa Rio Grande Ambiental, responsável pela Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, e o Ministério Público deu prazo até o próximo dia 18 deste mês para a desativação do antigo lixão, a Prefeitura decidiu não esperar mais.
Assim que for obtida a LI, a usina será construída. "O ideal era ter começado a operação do aterro junto com o funcionamento da usina, o que não foi possível devido à necessidade de ser providenciada a remediação do lixão", explicou o secretário.
Lixão Municipal
Com a colocação do aterro sanitário em funcionamento, o lixão municipal, existente há 30 anos, fica desativado e deverá ser recuperado pela Prefeitura Municipal. Segundo Paulo Rogério Mattos Gomes, o Executivo Municipal nomeou uma comissão técnica que está elaborando as diretrizes básicas do projeto. Depois, será realizada licitação para elaboração do projeto que, uma vez concluído, será submetido à Fepam. Após aprovado pela Fundação, será licitada a execução do
A recuperação da área do lixão é complexa, de acordo com o secretário. "Desde 1972, o lixo doméstico do Município era depositado no local. É uma área muito degradada. O problema precisava ser estancado para se fazer a remediação", salientou. Num segundo momento, também será destinada uma área específica para o recebimento dos resíduos de construção civil e galhação.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 04/11/2009)