O Programa Municipal para controle da população canina, felina e de zoonoses parasitárias de Venâncio Aires iniciou, no último fim de semana, as ações em áreas do perímetro urbano. Houve aplicação de vermífugo em 540 cães e de anticoncepcionais em aproximadamente 150 cadelas do Bairro Coronel Brito. Sob organização da Secretaria Municipal da Saúde, o trabalho, além de proteger a saúde dos animais, busca ampliar a prevenção de doenças em crianças e adultos em contato com animais abandonados ou doentes. Em razão do êxito da primeira etapa da campanha, nos próximos dias outras comunidades devem receber os técnicos para a ampliação da atividade de prevenção.
O veterinário Christian Wilke Hintz explica que durante dois dias houve a aplicação de doses de anticoncepcional semestral nas fêmeas e endectocida para controle de ácaros (sarna), tungíase (bicho-de-pé), carrapatos, ancilostomíase (bicho geográfico), piolhos e verminoses em todos os animais de forma gratuita. Sábado, na Escola Crescer, e domingo, na Escola 11 de Maio, a comunidade compareceu para a proteção dos animais.
O secretário municipal da Saúde, Vilson Gauer, revela que o programa trará resultados a médio e longo prazo. “Se pensarmos que cada cadela pode ter até dois cios por ano, com cinco filhotes em cada prenhez, ao vacinarmos mil fêmeas com método contraceptivo será possível reduzir até dez mil filhotes de cães abandonados por ano. Reduzindo a população de cães e gatos abandonados e doentes, acreditamos que será possível diminuir também o atendimento a crianças vítimas de verminoses e outras doenças transmitidas por animais”, explica Gauer.
O programa para controle de zoonozes tem custo de aproximadamente R$ 3,00 por animal, por ano. “O valor é relativamente barato se pensarmos que estamos trabalhando para a prevenção de moléstias como raiva, doenças de pele, toxoplasmose, leishmaniose, entre outras”, afirma o secretário.
Durante a campanha, os proprietários dos animais assinaram termo de ciência dos procedimentos realizados e receberam caderneta para controle sanitário, que servirá para o reconhecimento do animal e da medicação recebida. A cada seis meses, a ação deve ser repetida na comunidade com reaplicação do contraceptivo nas fêmeas e controle da saúde de todos os animais.
(Gazeta do Sul, 03/11/2009)