Evento ocorre com a participação da coordenadora dos Amigos da Terra Brasil, Lúcia Ortiz e do empresário eletrotécnico Hans Rahn, comprometido há mais de 30 anos com a divulgação das Energias Renováveis
Também empenhado na busca pela redução de emissões de gases de efeito estufa que estão acelerando o aquecimento global e provocando mudanças climáticas, o Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, NEJ/RS, promove o debate “Energia Solar, fonte renovável e de baixa emissão de carbono”. Nesta terça-feira (03), no Instituto Goethe, às 19 horas, estarão dois divulgadores desta fonte de energia renovável no país, geóloga e Mestre em Geociências, coordenadora dos Amigos da Terra Brasil, Lúcia Ortiz e o empresário eletrotécnico, comprometido há mais de 30 anos com a divulgação das Energias Renováveis, Hans Rahn.
Os esforços para multiplicar esta alternativa tecnológica, além de outras, como a energia eólica, servirão para que cada vez mais pessoas conheçam e possam cobrar alternativas dos governos, além do comprometimento em um acordo que deverá ser firmado pelos países presentes à 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima, COP 15, entre os dias 07 e 19 de dezembro de 2009, em Copenhague, Dinamarca.
Fonte solar
Um dos países mais ensolarados do mundo, o Brasil se vê na contramão, ao explorar recursos naturais finitos como os combustíveis fósseis, cujo investimento para a sua extração costuma ser elevado. Assim como na insistência em ressuscitar a rechaçada energia nuclear, em vários países ditos desenvolvidos, tanto devido ao alto custo, quanto pelos riscos no caso de acidentes e por não haver alternativas ao lixo que gera.
Ambientalistas e cientistas cientes do rumo que o Planeta toma em direção às mudanças climáticas, alertam para as tecnologias de energia renovável que têm potencial de geração local e trazem benefícios ao meio ambiente a curto e também a longo prazos, como o caso da Energia Solar.
Conforme o divulgado pelo Greenpeace, o Brasil tem um potencial nessa área duas vezes maior do que a Alemanha, que é o maior produtor de energia solar do mundo, segundo o Atlas Solarimétrico. Isso significa que, se apenas 5% de toda esta energia fosse aproveitada, toda a demanda brasileira por eletricidade poderia ser atendida. Dentre as maneiras de utilizar esta fonte de energia, estão os Coletores solares térmicos, que podem aquecer a água e o ar para casas e instalações industriais; ou energia solar fotovoltaica, que gera eletricidade diretamente a partir da luz do sol.
Leis
Apesar do amplo conhecimento tecnológico e científico, os governos seguem não destinando incentivos ao fomento das energias renováveis. Mas os legisladores estão trabalhando para buscá-los e, conforme o cidadessolares.org.br, existem 26 leis já aprovadas no país sendo que apenas dois casos estão esperando o decreto oficial ser elaborado para que estas entrem em vigor. Em 2009, quatro projetos de lei iniciaram tramitação legislativa, nas capitais Manaus, Vitória e Belo Horizonte e no Estado de Santa Catarina.
Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab regulamentou em janeiro de 2008 a lei de julho de 2007, que determina o Aquecimento de água por energia solar. Em Porto Alegre existe a Lei Complementar nº 560, de janeiro de 2007, que institui o Programa de Incentivos ao Uso de Energia Solar nas Edificações, mas que não foi posta em prática ainda devido ao atraso na regulamentação. Em agosto daquele ano ficou determinado que cada Secretaria Municipal iria apresentar propostas de regulamentação da Lei Solar. Mas soube-se que houve uma reunião e, desde então, nem com pedido de informação do Vereador Beto Moesch, se obteve resposta.
Vantagens das Fontes renováveis de energia: biomassa, pequenas hidroelétricas, energia eólica e solar:
- Aumentam a diversidade da oferta de energia;
- Asseguram a sustentabilidade da geração de energia a longo prazo;
- Reduzem as emissões atmosféricas de poluentes;
- Criam novas oportunidades de empregos nas regiões rurais, oferecendo oportunidades para fabricação local de tecnologia de energia;
- Fortalecem a garantia de fornecimento porque, diferentemente do setor dependente de combustíveis fósseis, não requerem importação.
(Fonte: Greenpeace)
(Por Eliege Fante, EcoAgência, 03/11/2009)