Muito apropriadamente comentou o Jorge das Neves, ex-administrador da AER Funai de Campo Grande, sobre a primeira tentativa de acordo mediada por um juiz federal de Campo Grande sobre o caso da ampliação da Terra Indígena Dois Irmãos do Buriti:
“Isso não é acordo. Você já viu uma conciliação onde você sai e eu fico?”
Pois foi assim que exigiu a proprietária para os índios saírem de sua fazenda Querência, onde estão acampados mais de 300 índios Terena há três semanas. Esse fracasso já era esperado. Agora estamos a aguardar a chegada da desembargadora do TRF, 3ª Turma, vinda de São Paulo, para fazer nova mediação e buscar novo acordo.
Será que vai dar certo? Será que o Brasil está amadurecendo para os índios se reconciliarem com fazendeiros perante o Judiciário? Acho que não, mas vale a pena dar um crédito de confiança a esse processo. E onde está a Funai nacional, com tanta responsabilidade que lhe cabe nessa questão? Por que o CIMI não ajuda, com todo seu poder de conciliação?
(Por Mércio Gomes, Blog do Mércio, 30/10/2009)