O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, confirmou na última terça (20/10) em Brasília, que no próximo dia 4 de novembro será lançado o edital de licitação para o projeto de construção da eclusa na hidrelétrica de Estreito, na divisa entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A medida vai viabilizar a retomada das obras de construção da eclusa de Lajeado, a 50 Km de Palmas, que foram paralisadas em 2000 por questões ambientais. Mesmo com a recente regularização, o governo Federal condicionou o reinício das obras à elaboração do projeto da eclusa de Estreito.
“Essa decisão do presidente Lula é fundamental para o desenvolvimento de Tocantins, já que a conclusão de Lajeado vai gerar 2000 empregos diretos e 8000 indiretos, além de reduzir o custo do transporte dos nossos produtos agrícolas para exportação”, comemorou o deputado Osvaldo Reis. O investimento previsto é de R$ 600 milhões.
Segundo o deputado, a transposição de embarcações na barragem da hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, em Lajeado, vai possibilitar a navegação de mais 720 quilômetros na hidrovia do Tocantins, de Peixe, no sul do Estado, até Aguiarnópolis. A partir daí, a produção tocantinense será escoada pela Ferrovia Norte-Sul até os portos do Maranhão.
O anúncio feito pelo presidente do DNIT ocorreu durante café da manhã organizado pela Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), na Câmara dos Deputados. De acordo com Luiz Antônio Pagot, a navegabilidade nos 2,2 mil quilômetros em toda a extensão da hidrovia do Tocantins será viabilizada com a construção de quatro eclusas, nas usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA), Estreito (MA), Lajeado e Peixe, ambos em Tocantins, num investimento total de R$ 3 bilhões.
A conclusão da eclusa paraense está prevista para julho de 2010. A do Maranhão deverá ser entregue durante o próximo ano junto com as obras da hidrelétrica que se encontram em andamento. A transposição de Lajeado poderá ser concluída também em 2010 se ocorrer imediata reativação do canteiro de obras. Apenas a eclusa de Peixe, segundo Pagot, não tem nenhuma previsão de lançamento de edital ou início de construção. “A navegação na hidrovia do Tocantins consolida uma posição de reduzir as desigualdades regionais no Brasil”, afirmou Luiz Antônio Pagot.
(Por Osvaldo Reis, Ascom DNIT / Fórum Carajás, 22/10/2009)