Na safra 2009/10, a segunda em que seu uso comercial está autorizado no Brasil, o milho geneticamente modificado já deverá responder por 40% da área total dedicada à cultura no Brasil. A estimativa apresentada pela Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem) leva em conta as vendas de sementes já realizadas para a temporada.
Essa fatia, se efetivada, representará um crescimento expressivo em comparação com o terreno ocupado pelo milho transgênico no ciclo 2008/09. Na safra de verão passada, a área da variedade transgênica correspondeu a 5% da área total dedicada ao grão. Na safrinha, a fatia já havia sido ampliada para 12%.
Segundo a estimativa apresentada pela entidade, o uso do milho geneticamente modificado só não será maior porque a perspectiva é de queda da área dedicada ao grão no país - os preços têm sido considerados pouco atrativos pelos produtores. Em seu primeiro levantamento sobre a safra de grãos 2009/10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou queda de 5,7% a 8,2% na área de milho na safra de verão. Na temporada 2008/09, o milho de primeira safra ocupou 9,24 milhões de hectares no país, segundo a Conab.
A Abrasem estima que mais da metade das terras do milho serão ocupadas por variedades transgênicas na safrinha de 2010.
(Valor Econômico / IHUnisinos, 26/10/2009)