Estudos sobre o aquecimento global mostram que há uma tendência para o aumento do período de transmissão da leishmaniose canina, por crescimento do período de atividade dos insetos transmissores – os flebótomos. Em Portugal, este período pode prolongar-se até novembro. Mesmo os cães que vivem dentro de casa podem ser vítimas dos flebótomos.
“Devido às alterações climáticas, a época da atividade dos parasitas tem aumentado e os cães ficam mais suscetíveis e durante mais tempo a contrair infecções, transmitidas pelas pulgas, carrapatos e pelo inseto flebótomo - vulgarmente chamado de mosquito. É essencial estar atento e prolongar no tempo a aplicação dos produtos antiparasitários, como por exemplo as coleiras impregnadas de deltametrina recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, alerta Rodolfo Neves, veterinário.
Para Rodolfo Neves é essencial que os tutores dos animais estejam cientes de que até os cães que passam a maior parte do tempo dentro de casa, podem contrair a leishmaniose. Esta doença tem uma evolução crônica e, sem tratamento, e pode levar à morte do cão. “A prevenção é a medida mais importante para a saúde do animal”, lembra.
Segundo um estudo realizado pelo Observatório Nacional das Leishmanioses, Portugal registra uma prevalência de Leishmaniose elevada, com mais de 110 mil cães infectados, 6% da população canina.
(DN Ciência / ANDA, 25/10/2009)