Declaração assinada por Obama dá mais liberdade aos médicos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou a gripe suína como emergência nacional em documento assinado na noite de sexta-feira (23/10), informou ontem a Casa Branca. A medida visa a aumentar a agilidade do tratamento de doentes, pois dá aos profissionais de saúde a permissão para ignorar algumas regras federais de admissão e alocação de pacientes. Segundo o texto, o país toma providências "sem precedentes para conter a pandemia emergente". Também é citado o potencial que a gripe suína tem de "sobrecarregar os recursos de atendimento à saúde".
Com a decisão, a chefe do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, tem a prerrogativa de ignorar diretrizes federais ao abrir locais alternativos de atendimento em escolas ou centros comunitários ou salas de emergência fora de hospitais para proteger pacientes não infectados. E hospitais poderão alterar regras de admissão de pacientes - por exemplo, exigindo menos informações do que o normal - para acelerar o acesso ao tratamento.
Segundo a Casa Branca, a iniciativa não é uma resposta a um surto específico, mas sim uma medida preventiva para facilitar a tomada de decisões no caso de uma forte onda da doença, prevista para os próximos meses de inverno.
A pandemia de gripe suína, cujos primeiros casos foram registrados no México em abril, teria matado mais de mil pessoas nos Estados Unidos - 10% delas seriam crianças. No país, a doença estaria espalhada em 46 Estados e teria causado a hospitalização de mais de 20 mil pessoas. Uma campanha de vacinação está em curso, mas a expectativa inicial de ter 120 milhões de doses disponíveis neste mês não foi cumprida: até quarta-feira, haviam sido entregues apenas 11 milhões.
(O Estado de S. Paulo, com informações da AFP e da AP, 25/10/2009)