Na tarde desta quarta-feira (21/10), técnicos do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg liberaram na beira da praia do Cassino, próximo ao navio Altair, 13 pinguins de Magalhães - quatro adultos e os demais juvenis. Deste total, cinco foram tratados pelo Ceclimar, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e enviados para o Cram visando à liberação, por tratar-se de um grupo pequeno. Os outros oito, incluindo um dos que vieram da Bahia em outubro do ano passado, estavam em tratamento no Centro de Recuperação do Rio Grande.
Conforme a oceanóloga Andréa Adornes, do Cram, sete destas aves foram encontradas na beira da praia na área de São José do Norte, na região da Estação Ecológica do Taim e do balneário Cassino, e chegaram ao centro a partir de maio deste ano. A maioria estava com a plumagem petrolizada. No Cram, os pequenos animais receberam tratamento e, no caso das petrolizadas, banho especial para a retirada de óleo da plumagem.
Agora, já plenamente restabelecidos, os pequenos animais foram reconduzidos ao mar para retomarem seu ciclo normal de vida. "É mais uma chance de continuidade de vida para estes pinguins", observou o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, coordenador do Cram. Ele acredita que essas aves sigam para suas colônias de reprodução, localizadas no Sul da Argentina, uma vez que neste período já está ocorrendo o retorno desta espécie para "casa".
No Cram, cada ave recebeu uma anilha, com informações que a identificam, para possibilitar o monitoramento destes animais. Quem os encontrar, vai poder identificá-los e comunicar à equipe do Cemave.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 22/10/2009)