(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
aterros nascentes
2009-10-21

Uma área alagada, com tábuas e que abriga nascentes, está sendo aterrada com o lixo do município de Anchieta. A denúncia foi feita pela ONG Programa de Apoio e Interação Ambiental (Progaia), que alertou não ser este um caso único. Segundo a ONG, uma área em declive próxima à lagoa Icaraí também vem recebendo lixo do município.

Segundo o Progaia, a área alagada vem sendo aterrada para a construção de um complexo esportivo. “Chamamos o Iema, que alegou falta de pessoal, afirmando que a visita demoraria aproximadamente trinta dias, o que seria tempo suficiente para aterrarem tudo. Após muita insistência, os funcionários do órgão estiveram lá e constataram a veracidade da denúncia”, diz o documento do Progaia.

Após a constatação de aterro no alagado, conta a ONG, um novo aterro foi descoberto pelos ambientalistas. No último dia 16, um aterro foi encontrado próximo à Rodovia do Sol, na altura do bairro Guanabara. No local, já estavam uma viatura da Polícia Militar e agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).

Segundo o Ibama, os agentes tiraram fotos do local. Só depois da análise ambiental da situação é que deverá ser lavrado o auto de poluição. Além disso, o órgão irá verificar se o aterro possui licença. Entretanto, a previsão do órgão é que o aterro não seja licenciado diante da informação de que apenas dois municípios em todo o Estado possuem licença para este tipo de atividade.

O local em questão fica a apenas uns duzentos metros de uma área de preservação ambiental e da Lagoa de Icaraí, diz o Progaia. O secretário de Meio Ambiente de Anchieta, Hermann Damazio, não confirmou o aterro da área alagada para a construção de um complexo esportivo. Segundo ele, o local onde será construído o complexo ainda está em fase de estudos para atestar a viabilidade do projeto.

“A área não é de alagado, pode, sim, confrontar com área de alagado, mas vou averiguar isso. Já a outra área está licenciada pelo Iema e a prefeitura autoriza apenas a jogar restos de obra e não lixo comum”, disse ele.

Entretanto, a informação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) assegura que a obra na área pretendida pela prefeitura de Anchieta para a construção do complexo esportivo foi embargada. “O município foi notificado para a retirada de todo o resíduo do local e foi solicitada a apresentação de um Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad)”, diz o órgão. A prefeitura também foi multada por crime ambiental, de acordo com a Lei Estadual nº 7.058/02.
 
Com relação à área na Rodovia do Sol, próxima ao bairro Guanabara, o Iema informou que, diante da denúncia, agendará uma vistoria ao local e, caso sejam constatadas irregularidades, tomará as providencias cabíveis.  Segundo a presidente do Progaia, Ilda de Freitas, há cerca de seis anos a área de alagado era um verdadeiro patrimônio ecológico e paisagístico de Anchieta, mas tudo começou a mudar com o anúncio da instalação da 3ª usina da Samarco.

“A partir daí, todos os dias, pela tarde, justamente após o encerramento do expediente da prefeitura, o fogo era ateado por mãos invisíveis e ardia durante toda a noite. Mal a terra esfriava e surgiam cercas, construções, plantio de mandioca e bananeiras adultas”, conta ela. Para a ambientalista, a destruição  sistemática e organizada deixou claro o envolvimento de autoridades na região depois de inúmeras denuncias de degradação da área. Diante das reclamações, a prefeitura instalou postes de luz e ligações de água.

“Nas construções prontas, a Sesan instalou água e a Escelsa, luz. Vale lembrar que do outro lado da Rodovia do Sol, onde as construções respondem às exigências legais e os moradores pagam IPTU e iluminação pública, a maioria das ruas tem iluminação precária ou ainda estão completamente às escuras”, denuncia. Quanto à Lagoa de Icaraí, diz a ONG,  seu destino parece selado como o destino dos nossos recursos hídricos em geral. Rios e lagoas, além de serem receptores de esgotos, agrotóxicos e lixo, têm suas nascentes soterradas e matas ciliares destruídas no município.

(Por Flavia Bernardes, Século Diário, 20/10/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -