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nanotecnologia política ambiental França
2009-10-21

“Com as nanotecnologias, os desafios são ao mesmo tempo sociais, sanitários, éticos. Não se deve confundir este método com um procedimento de concertação e mesmo de negociação”, alerta Dorothée Benoit-Browaeys, autora do livro Le Meilleur des nanomondes (O melhor dos nanomundos) e delegada geral da Associação VivAgora.

Eis a entrevista.

Le Monde - O que você pensa da iniciativa de um debate público nacional sobre as nanotecnologias, que começou na quinta-feira, 15 de outubro, e que se estenderá por mais de quatro meses?
Dorothée Benoit-Browaeys -
É uma iniciativa original, na medida em que a Comissão Nacional do Debate Público (CNDP) faz habitualmente debates sobre projetos de infra-estruturas muito territorializadas: lá teremos um debate sobre implicações muito mais vastas e uma reflexão geral.

O primeiro ponto que me parece problemático nesta iniciativa é que não se separe a fase da informação, o estado da situação dessas tecnologias, e a fase do debate. Ora, as nanotecnologias são um tema pouco conhecido da população. O segundo ponto é o alcance do debate: com as nanotecnologias, os desafios são ao mesmo tempo sociais, sanitários, éticos. Finalmente, a comissão recolhe os argumentos e as opiniões. Não se deve confundir este método com um procedimento de concertação e mesmo de negociação: isso não é comparável a um Grenelle [elipse estilística para debate que reúne representantes do governo e de associações profissionais e/ou de ONGs sobre um tema específico e que visa legislar ou tomar uma posição].

Que coordena as escolhas industriais das nanotecnologias na França?
Benoit-Browaeys -
O ator central das nanotecnologias na França é o Comissariado para a Energia Atômica (CEA), com sua competência em matéria eletrônica. Os municípios e o Estado também investiram muito: mais de 900 milhões de euros para o projeto público privado Nano 2012. Ao contrário, os financiamentos sobre os riscos são marginais, e não falamos dos financiamentos sobre os desafios entre nano e sociedade.

Como a sociedade civil percebe os desafios das nanotecnologias?
Benoit-Browaeys -
No nível internacional, uma estrutura como o ETC Group, já muito presente no debate sobre os organismos geneticamente modificados (OGMs), se mobilizou muito cedo em relação aos nano, desde 2002. A organização Thong (Topless Humans Organized for Natural Genetics) fez uma série de manifestações, especialmente em Chicago contra os têxteis nano. Na França, aqueles que são mais críticos e mais ativos são o coletivo Pièces et Main d’Oeuvre, em Grenoble, com uma série de ações de impacto. A organização Amigos da Terra, por sua vez, produziu muitos dados e expertises, especialmente sobre a “nanocomida” e os cosméticos.

Mas, de maneira geral, é muito difícil mobilizar a população. Por um lado, porque quando os debates começaram em 2005, as organizações não governamentais já estavam muito atarefadas, especialmente com os OGMs. Por outro lado, os produtos nano não são tangíveis. São tecnologias ditas pervasivas, que estão presentes em todos os campos e acrescentam novas propriedades.

Os contrários às nanotecnologias têm os meios de se fazer ouvir?
Benoit-Browaeys -
Existe, em nível internacional, redes americanas e europeias de ONGs que estão envolvidas nos nano. Em Bruxelas, um núcleo europeu está presente em todas as reuniões, à semelhança do Escritório Europeu do Meio Ambiente. No continente americano, o International Center For Technology Assessment é a estrutura coordenadora. Ela lançou em 2007 um apelo assinado por 43 organizações para desenvolver oito princípios para um desenvolvimento responsável e vigilante das nano. Estas organizações são visíveis, suas demandas são conhecidas, e têm um certo peso em nível europeu, especialmente na revisão do regulamento Reach sobre os produtos químicos.

(Por Laurent Checola, Le Monde / Cepat / IHUnisinos, 20/10/2009)


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