O MST admite que militantes do movimento participam de entidades prestadoras de serviços públicos, mas diz que não tem controle sobre elas nem sobre seus dirigentes, que têm autonomia para pleitear recursos. A Folha tentou, sem êxito, falar com as entidades que tiveram os sigilos quebrados.
O ministro Guilherme Cassel nega que o governo sustente o MST e outros movimentos com verbas. Recursos só são repassados mediante projeto e é exigida prestação de contas. Para ele, não há provas de que as entidades financiem o MST.
Marco Maia (PT-RS) e Assis do Couto (PT-PR) dizem que a contratação dos servidores foi regular. Maia diz que nunca direcionou emendas a entidades do ex-assessor. "Sou agricultor e não vejo nenhum problema de ter no gabinete pessoas ligadas a sindicatos e assentamentos", disse Couto, que nega ter beneficiado as organizações.
(Folha de S. Paulo, 19/10/2009)