Num primeiro momento, pode parecer que uma obra como a revitalização do cais Mauá, em Porto Alegre, interesse apenas aos moradores da Capital. Ou, mesmo, que revitalização de toda a área central da cidade, tenha pouca repercussão, por exemplo, na Fronteira-Oeste, ou na região serrana do Rio Grande do Sul. Mas não é assim, principalmente se olharmos essas obras como novos e importantes atrativos turísticos.
E acredito que não é difícil prever o impacto positivo em todo o Estado se tivermos Porto Alegre, a principal porta de entrada do Rio Grande do Sul, mais equipada para atrair os visitantes. Não é exagerado citar, por exemplo, que a revitalização da área portuária de Sidney, que soube aproveitar de forma inteligente o potencial de sua pequena baía, trouxe repercussão positiva em toda a Austrália. Por que não podemos pensar grande assim?
A revitalização do Cais Mauá irá representar um diferencial em atração turística para Porto Alegre com repercussão positiva em outros 52 setores correspondentes, em todo o Rio Grande do Sul. Irá estabelecer um novo e poderoso argumento para influenciar a decisão de realização de futuros eventos no Estado, proporcionando com certeza um grande incremento no número de congressos e feiras. E não apenas na Capital (enfatizo).
Certamente vai abrir oportunidade para as demais regiões. Penso que é praticamente imensurável o impacto econômico positivo que a aprovação deste projeto irá trazer para o Rio Grande do Sul, com um aumento exponencial na demanda de serviços prestados aos turistas que nos visitarão em função dos novos eventos que serão captados, por exemplo.
Portanto, essa obra deve ser considerada uma conquista de todo o Estado. Assim como as obras necessárias para a realização dos jogos da Copa do Mundo em 2014. Afinal, a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho ou a solução dos gargalos da BR-116, por exemplo, certamente irão trazer benefícios para gaúchos de todas as querências.
(Por Ricardo Ritter, JC-RS, 19/10/2009)