A companhia canadense Imperial Tobacco destruiu dezenas de documentos que ligavam o hábito de fumar ao câncer, revelou nesta quinta-feira (15/10) o jornal da Associação Médica Canadense, afirmando possuir cópias do material.
Segundo o artigo, a pedido da casa matriz britânica, a Imperial Tobacco Canadá destruiu em 1992 o total de 60 estudos, realizados entre 1967 e 1984, que concluíam que o cigarro produz câncer.
Os pesquisadores encontraram cópias dos estudos destruídos revisando cerca de 7 milhões de páginas de documentos da British American Tobacco, publicados como parte de um processo judicial que correu nos Estados Unidos.
"A indústria havia realizado pesquisas que demonstraram que o cigarro é tóxico, que provoca câncer", e ao mesmo tempo disse em público que não havia qualquer prova neste sentido, destaca um dos autores do artigo, o professor David Hammond, da Universidade de Waterloo (Ontário).
Assim, a indústria também sabia, há tempos, que o tabagismo passivo era tóxico e potencialmente cancerígeno. "Naquela época, eram praticamente os únicos a ter esta prova".
(France Presse / Folha Online, 16/10/2009)