Prevista para se iniciar em julho, começa a se tornar realidade a principal etapa do Projeto Integrado Socioambiental. Nesta semana, nove empresas visitaram o terreno, na Avenida Diário de Notícias, no bairro Cristal, em Porto Alegre, onde será construída a Estação de Bombeamento de Esgotos (EBE) Cristal, a estrutura mais aparente da obra, que terá até um mirante para quem quiser contemplar o Guaíba.
No local, três chaminés servirão de estrutura a um mirante para apreciar o Guaíba. O início das obras está previsto para 2010.
A largada para a construção da estação Cristal, um reservatório de esgoto para controle de operação de bombas, só foi possível porque a prefeitura anunciou ontem as duas empresas que executarão o emissário, a grande obra que vai ligar a Ponta da Cadeia, nas proximidades da Usina do Gasômetro, até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Serraria.
A construção foi licitada em duas partes pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). A primeira, terrestre, de 7,3 quilômetros será executada pela Saenge Engenharia de Saneamento, com proposta de R$ 35,4 milhões. A segunda, que corresponde ao trecho subaquático, com 10,2 quilômetros, foi vencida pelo Consórcio ICCILA/Archel, com proposta de R$ 84,4 milhões.
– O cronograma previa o início das obras para julho. Estamos defasados em um semestre. Não é atraso, é uma reprogramação – disse o coordenador do Projeto, engenheiro Valdir Flores.
Conforme Flores, a ETE da Serraria, a quarta grande obra do projeto tem abertura de propostas de licitação no dia 26. O emissários serão construídos em janeiro, e as estações, em março.
A projeção da prefeitura é de que, até 2012, o saneamento ambiental de Porto Alegre esteja pronto. A obra será responsável pela condução do esgoto da área central da Capital, concentrado na EBE localizada na Ponta da Cadeia, até outra unidade de bombeamento no bairro Cristal. De lá, os dejetos seguem via tubulação subaquática até a estação no bairro Serraria.
Parte do terreno cercado na Diário de Notícias está destinada à futura Avenida do Parque, obra para a regularização do Arroio Cavalhada. A prefeitura desapropriará 1.680 famílias que moram ao longo do curso d’água.
(Zero Hora, 16/10/2009)