Os municípios de Pontão e Espumoso foram os mais castigados pelo temporal que atingiu quarta-feira a região Norte do Estado. Em Planalto, também no Norte, o saldo de estragos não foi tão intenso. Pontão foi atingido pelo fenômeno climático no final da tarde e o resultado foram inúmeras destruições, principalmente nos assentamentos da Fazenda Annoni e do Passo Real. As rajadas de vento chegaram a 120 quilômetros por hora, com uma duração total que não ultrapassou 2 minutos. Apesar disso, houve pelo menos 50 casas destelhadas nas duas comunidades.
O prefeito Delmar Máximo Zambiasi disse que os moradores de Pontão, pelo menos nas últimas décadas, ainda não tinham presenciado um temporal tão intenso. ''Parecia um tornado ou tufão'', conta o prefeito. Segundo ele, o fenômeno atingiu uma faixa de 300 a 400 metros de largura, atravessando o município e deixando um rastro de destruição. Além das casas destelhadas total ou parcialmente, algumas ficaram completamente destruídas. Zambiasi afirma que a força do vento destruiu residências novas de alvenaria, sobrando somente o piso. Apesar disso, não houve feridos.
No assentamento Passo Real, o ginásio esportivo, recentemente construído, sofreu diversas avarias. O telhado foi arrancado e teve a estrutura comprometida. Segundo o prefeito, o que sobrou deverá ser desmanchado. O temporal provocou estragos nas lavouras de trigo. Delmar Máximo Zambiasi disse que a Defesa Civil do município ainda realiza o levantamento dos estragos, tanto na zona urbana como na rural. No final da tarde de ontem, após uma reunião com o coordenador regional da Defesa Civil do Estado, major Aurivan Chiochetta, o prefeito decretou situação de emergência. Algumas famílias já consertaram os telhados danificados, mas a maioria das casas permanece com lonas.
Já o município de Planalto, também atingido pelas chuvas, na noite de quarta-feira, teve um saldo de aproximadamente 50 casas alagadas devido ao entupimento de bueiros, que não deram vazão ao volume de água. Em dez casas, famílias tiveram que sair para buscar abrigo em residências de familiares e amigos.
(Correio do Povo, 16/10/2009)