Expedição vai percorrer 4,3 mil quilômetros para estudar cordilheira meso-oceânica
No fim do mês passado, pesquisadores brasileiros, uruguaios, sul-africanos e russos embarcaram no navio oceanográfico russo Akademik Yoffe, do Instituto Shirshov de Oceanologia, para a primeira viagem de estudos sobre a vida na cordilheira meso-oceânica do Atlântico Sul. Essas cadeias de montanhas se estendem por 14 mil quilômetros, de norte a sul, e se elevam a 2 mil metros de altura do assoalho oceânico no centro do Atlântico.
A expedição, coordenada no hemisfério sul pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de Santa Catarina, partiu dia 26 de setembro de Las Palmas, nas Canárias, Espanha, e se encerrará dia 2 de dezembro, na Cidade do Cabo, África do Sul. O projeto é uma continuidade de estudos realizados no Atlântico Norte e conta com a participação de cientistas de 16 instituições do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, África do Sul, Namíbia, Nova Zelândia e Noruega.
Nos cerca de 4,3 mil quilômetros de percurso, dados físico-químicos, peixes, microorganismos e invertebrados associados ao fundo do mar serão amostrados em dez estações de coleta dispostas ao longo da cordilheira, em profundidades que variam de mil a 3 mil metros. A expedição deverá registrar também dados contínuos sobre os mamíferos marinhos como baleias e golfinhos habitantes das áreas oceânicas.
Para obter mais informações sobre a expedição e seus objetivos, entre em contato com José Angel Alvarez Perez, coordenador do Grupo de Estudos Pesqueiros, do CTTMar/Univali, Tel:(47) 3341-7714/9989-6296.
(Scientific American Brasil, 06/10/2009)