A operação Escudo Dourado, realizada pelo Exército e pela Polícia Federal (PF), prendeu oito pessoas que realizavam atividades de garimpo ilegal na comunidade indígena do Flexal. O Exército desmente a informação de que a atividade era realizada por indígenas. A operação foi realizada nas Terras Indígenas (TIs) Raposa Serra do Sol, São Marcos e Yanomami, subindo o rio Mutum em direção ao município de Uiramutã.
O presidente da Câmara de Vereadores de Uiramutã, Milton Dário, discorda do fato de que o garimpo não era realizado por indígenas. Segundo ele, cerca de 50 famílias sobrevivem da atividade na região de Mutum e na comunidade Flexal. Ele negou que houvesse garimpeiros não-indígenas na região e afirmou que todos trabalham de maneira artesanal, com peneiras e pás.
O tuxaua Abel Barbosa relatou ao Jornal Folha de Boa Vista que os barracos foram queimados, assim como os mantimentos e utensílios de cozinha utilizados pelos garimpeiros. Já os motores para dragagem teriam sido quebrados pelos policiais e militares. Segundo Barbosa, existem 72 famílias que se mantêm com a atividade.
A PF informa que também foram vistoriadas outras áreas, onde os garimpeiros fugiram e deixaram para trás o maquinário usado para a garimpagem, que foi destruído. Essa operação é realizada todos os anos para reprimir qualquer atividade ligada a crimes transfronteiriços, como: garimpo ilegal, crime ambiental, narcotráfico, descaminho de combustível e contrabando. Os policiais também afirmam que nunca tiveram problemas com os indígenas da região.
(Amazonia.org.br, com informações da Folha de Boa Vista, 14/10/2009)