As obras de extensão da rede de esgoto em Rio Grande movimentam diversos pontos da cidade. Em algumas vias o trânsito precisou ser alterado, locais onde podem ser vistos máquinas e trabalhadores atuando na colocação da tubulação que garantirá o serviço, de forma inédita, a muitos bairros do Município.
De acordo com o coordenador da divisão de obras da Corsan em Rio Grande, Eduardo Guimarães, o projeto foi dividido em cinco lotes. Destes, apenas um ainda não teve início de forma efetiva devido à falta de maquinário e mão-de-obra por parte da empresa vencedora da licitação, que ganhou três dentre todos os lotes licitados. "A Construtora Pelotense já está buscando alternativas, trazendo novos equipamentos e recrutando pessoas, a fim de dar início a este lote, pois já dispõe da ordem de serviço. Trata-se da extensão de rede de parte do bairro Getúlio Vargas até a Vila Militar, obra que deve começar nos próximos dias", explica.
Os cinco lotes licitados pela Corsan que integram o projeto consistem nas seguintes regiões da cidade: lote 1 - parte da Cidade Nova, construtora pelotense; lote 2 - Navegantes, empresa Marco Engenharia; lote 3 - ruas Aquidaban, General Osório e Salgado filho (próximo à Valporto); lote 4 - Santa Tereza e metade do bairro Getúlio Vargas; lote 5 - parte do Getúlio Vargas e Vila Militar (não iniciada).
Mesmo tendo sido interrompida entre outubro e dezembro do ano passado, a obra de extensão da rede de esgoto em Rio Grande deve ser concluída antes do prazo previamente estipulado. Eduardo Guimarães explica que o trabalho contínuo tem acelerado a produção, o que resultará no término mais rápido do projeto. "Apenas no bairro Navegantes, a obra apresenta um ritmo inferior devido à peculiaridade do solo, formado por muito lodo. Por isso, a empresa está usando uma maior quantidade de areia, tendo mais cuidados com as casas, localizadas bem próximas dos locais onde o trabalhado é executado", afirma o coordenador de obras da Corsan. O prazo para conclusão dos dois primeiros é setembro de 2010. "Mas acredito que estas serão encerradas antes, devido ao ritmo de trabalho", diz Eduardo Guimarães.
Até o momento, a obra de extensão da rede de esgoto em Rio Grande já chegou a R$ 30 milhões. O projeto inicial previa um investimento de R$ 22 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento. Entretanto, um termo aditivo garantiu mais recursos ao investimento, a fim de sanar despesas com serviços extras os quais não estavam incluídos no projeto apresentado ao governo federal. Esta diferença servirá como contrapartida da Corsan, e será custeada pela própria estatal. Entre os serviços extras não previstos, Guimarães exemplifica ao dizer que a tubulação encontrada no bairro navegantes não pode ser aproveitada, sendo recusada pela comissão de fiscalização da Prefeitura Municipal. "O solo naquele local danificou consideravelmente a qualidade do material. Por isso, com razão, o Executivo apontou a necessidade para a troca dos canos, que precisaram ser comprados através de verba adquirida mediante termo aditivo", declara o representante da companhia.
(Jornal Agora, 14/10/2009)