Em recente evento que premiou as indústrias que desenvolvem projetos e/ou produtos que visam à melhoria do meio ambiente, o secretário estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado, destacou a responsabilidade compartilhada que deve haver entre poder público, empresas privadas e sociedade no trato das questões ambientais. Ele lembrou que, no RS, cresce o número de indústrias que têm se voltado a ações relativas à conservação e preservação do meio ambiente. ¿Cabe ao governo sublinhar, destacar estas iniciativas e incentivar que outros também se envolvam nos cuidados com os recursos naturais¿, frisou o secretário.
Berfran defendeu que se a sociedade quer e precisa de emprego, ela necessita cuidar do meio ambiente. ¿Na medida em que descuidamos dos recursos naturais e os fragilizamos, diminuímos a capacidade produtiva, gerando a retração do emprego¿, explicou. Berfran exemplificou com o caso do rio dos Sinos, onde, desde o acidente ambiental em 2006 que resultou na maior mortandade de peixes do RS, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) não tem mais licenciado a instalação de indústrias que lancem efluentes no rio. Sem a implantação de novos empreendimentos, diminuem as vagas de emprego.
ARTECOLA - Preocupada com o meio ambiente, o Grupo Artecola, de Novo Hamburgo, apresentou no evento a linha de laminados Ecofibra, que utiliza resíduos de bagaço de cana-de-açúcar, da casca do coco ou de madeira em sua produção, além de reaproveitar produtos que eram resíduos em outros processos industriais. A linha Ecofibra utiliza matérias-primas de fonte renovável, que não agridem a natureza quando descartadas e, sobretudo, evita a utilização de madeiras nobres e evita que o chorume do bagaço da cana altere o PH dos rios, além de utilizar resíduos. O produto final, um laminado leve e resistente, é de alta resistência térmica e acústica e possui baixa inflamabilidade.
(Ascom Fepam, 13/10/2009)