O deputado Alberto Oliveira (PMDB) fez uso do espaço do Grande Expediente da Sessão Plenária desta terça-feira (13/10) para abordar o tema “Energia Eólica – Uma perspectiva de desenvolvimento que exige incentivo". Preocupado com o tema, Oliveira já tratou desta forma de geração de energia em Grande Expediente no ano de 2008, quando propôs a formação de uma Comissão de Representação Externa para tratar do Marco Regulatório Nacional para Energia Eólica.
“A energia dos ventos é uma grande alternativa de energia limpa e renovável, que agrega desenvolvimento à região onde é produzida, mas é ainda uma energia mais cara que outras fontes mais tradicionais, não podendo competir com as mesmas em igualdade de condições para ser absorvida pelo sistema energético brasileiro. Já está comprovado, no entanto, que esta condição precisa ser superada em forma de subsídios e incentivos, pois as compensações são proporcionalmente maiores que os entraves do custo, que aliás, tenderá a baixar quanto mais empreendimentos eólicos existirem”, defendeu o deputado.
Oliveira afirma que a Portaria 147, de 30 de março de 2009, assinada pelo ministro de Minas e Energia, possibilitando a realização do leilão de energia de reserva eólica em 25 de novembro próximo, é uma grande conquista para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, pois é uma das ações para superar a competição com as outras fontes energéticas.
Apresentando alguns números do leilão de 25 de novembro próximo, Oliveira disse que acontecerá com 441 projetos de 11 estados brasileiros cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética, representando a potência de 13.341 MW, o mesmo que 10 usinas nucleares como a Angra Três. 73% dos empreendimentos são da região nordeste, com 322 projetos, 2% são da região sudeste com 8 projetos. A região sul responde por 25% dos empreendimentos, com 111 projetos. Destes, 86 são do Rio Grande do Sul, que figura no atlas eólico brasileiro como uma região de grande potencial, com ventos que sopram em várias épocas do ano e principalmente, nos períodos de estiagem, quando a produção de energia hidrelétrica é prejudicada.
O parlamentar defendeu a adoção de um conjunto de incentivos que permitam que os projetos de parques eólicos instalados no Rio Grande do Sul concorram com os demais do Brasil, oferecendo energia a preços mais atrativos. “O momento é decisivo, pois se o parque eólico do Nordeste brasileiro se consolida a partir deste leilão, os grandes investimentos do setor se voltarão diretamente para aquela região.”
(Por Letícia Rodrigues, Ascom AL-RS, 13/10/2009)