Entrevista: Sara Brandt, testemunha que encontrou os animais
Revoltada com o ataque às aves, Sara Brandt, 48 anos, conversou ontem à noite com Zero Hora. Confira os principais trechos:
Zero Hora – Como a senhora encontrou os animais?
Sara Brandt – Eu e meu marido retornávamos do shopping aqui do centro para casa, por volta das 11h, quando avistamos uma arara no chão, próximo a uma lixeira. Quando nos aproximamos, vimos um segundo animal, misturado ao lixo. O curioso é que, na ida para o shopping, cerca de meia hora antes, os animais não estavam ali.
Depois de encontrar as araras, o que senhora fez?
Sara – Ligamos para a Brigada e acionamos a direção da nossa ONG ambiental na tentativa de encontrar quem fez essa maldade.
Sendo uma voluntária de uma ONG ambiental, como se sentiu ao deparar com os animais trucidados?
Sara – Foi difícil ver as araras assim, mortas e jogadas. Isso é contra tudo que lutamos na ONG. Foi uma das cenas mais tristes que já vi na vida, pois os animais estavam cercados de crianças incrédulas.
Saiba mais
- As araras costumam viver em pequenos grupos ou casais, nas copas das árvores das matas e cerrados, a fim de se protegerem de predadores, como grandes cobras e aves de rapina.
- Na natureza, emitem sons e gritos característicos, que se assemelham à palavra “arara” (motivo pelo qual os indígenas lhe deram este nome).
(Zero Hora, 13/10/2009)