A Anistia Internacional denunciou nesta sexta (09/10) que a companhia petrolífera Shell segue violando os direitos humanos na Nigéria e destruindo o meio ambiente, pelo que anunciou próximas mobilizações de protesto. "Embora a empresa assegura ser uma companhia social e respeitosa com o meio ambiente, segue violando os direitos humanos", advertiu hoje AI, que em junho passado já exigiu ao diretor de Shell (Peter Voser) que respeitasse esses direitos na região do Delta do Níger e que limpasse imediatamente os mais de 2 mil pontos de contaminação por petróleo.
Em seu relatório sobre a Nigéria, AI denunciou que as atividades da empresa no país africano destruíram grande parte dos terrenos cultiváveis, fonte principal de subsistência da população local. "O povo tem que utilizar água contaminada para beber, cozinhar e lavar-se. Come peixe contaminado pelos hidrocarbonetos e outras substâncias tóxicas", acrescentou a ONG.
Além disso, AI explicou que "quando a cada ano se produzem vazamentos de petróleo e sua queima polui o ar, a população respira veneno. O povo se queixa de problemas respiratórios e de ferimentos na pele".
Para denunciar esta situação, uma caravana de jovens ativistas da Anistia Internacional cruzará a Suíça entre 12 e 18 de outubro, no marco de uma campanha internacional. Os jovens visitarão colégios e organizarão espetáculos na rua, concertos e outras atividades diante dos postos de gasolina Shell.
(EFE / UOL, 09/10/2009)