As obras da hidrelétrica de Estreito, na divisa dos Estados do Maranhão e do Tocantins -que fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)-, ficaram interrompidas de segunda-feira até sexta-feira (09/10) por causa da paralisação de cerca de 300 dos 7.000 trabalhadores da usina.
Os manifestantes protestavam contra a redução das horas extras, prevista em um Termo de Ajuste de Conduta assinado pelo Consórcio Rio Tocantins. O documento foi proposto pelo Ministério Público do Trabalho.
Na segunda-feira, houve tumulto quando um ônibus foi depredado pelos manifestantes, de acordo com relato feito pela Polícia Militar do Maranhão. A redução das horas extras foi estipulada para diminuir a jornada de trabalho dos operários, que, em sua maioria, permaneciam de 10 a 12 horas na hidrelétrica, de acordo com a procuradora do trabalho Tatiana Simonetti.
Simonetti, que conduziu as negociações com o Consórcio Rio Tocantins, diz que houve "uma insurgência muito grande" dos trabalhadores contra a proposta. Em nota, o Consórcio Rio Tocantins informa que a obra deve ser retomada plenamente hoje.
(Folha de S. Paulo, 10/10/2009)